Sete partidos políticos brasileiros emitiram uma nota conjunta expressando forte repúdio à decisão dos Estados Unidos de suspender os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A ação foi classificada como um “gesto indevido, agressivo e sem precedentes nas relações bicentenárias” entre os dois países. A medida, segundo os partidos, representa uma grave interferência na soberania nacional e no processo democrático brasileiro.
PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB, Partido Verde e Cidadania, que assinaram a nota, enfatizaram que a motivação política por trás da suspensão dos vistos agrava ainda mais a situação. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou a revogação do visto do ministro Alexandre de Moraes, de seus aliados e familiares, no dia 18. A decisão gerou debates acalorados no cenário político nacional.
Em uma publicação na rede social X, Marco Rubio citou declarações do ex-presidente Donald Trump, indicando que o governo americano responsabilizará estrangeiros envolvidos na censura à liberdade de expressão nos Estados Unidos. A nota dos partidos brasileiros demonstra “irrestrita solidariedade aos ministros do STF” e reafirma o compromisso com a “defesa irrenunciável da soberania nacional e das instituições”.
Após um evento no Ceará, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, declarou que a questão da suspensão dos vistos é tratada com “muita importância”, embora tenha evitado comentar o caso diretamente. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou, classificando a sanção norte-americana como uma “medida arbitrária” e expressando seu apoio aos ministros afetados.
De acordo com fontes do governo federal, entre os afetados pelas sanções dos EUA estariam Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e o procurador-geral da República, Paulo Gonet. A repercussão do caso continua a gerar discussões e análises no âmbito político e jurídico.
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