O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, classificou a proposta de sobretaxa de Donald Trump como uma ação orquestrada por grupos extremistas, minimizando o impacto como uma questão puramente comercial. A declaração foi feita em Brasília, durante um evento dedicado à exportação de produtos agroindustriais, nesta terça-feira (22).
Viana foi enfático ao afirmar que a medida tem origem em um grupo de políticos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, acusando-os de buscar prejudicar a soberania nacional. Segundo ele, a situação configura uma “ação perversa de família de grupos extremistas”. A declaração adiciona uma nova camada à discussão sobre as motivações por trás da possível imposição de tarifas.
Em resposta à ameaça, o governo federal tem intensificado esforços para negociar com os Estados Unidos a suspensão do “tarifaço” anunciado por Trump, com previsão de entrar em vigor a partir de 1º de agosto. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, lidera as negociações e já promoveu cerca de 16 reuniões com representantes de diversos setores da economia.
Empresários têm sugerido ao governo brasileiro que solicite um adiamento do início da vigência da medida, além de buscar uma articulação para negociação direta com o governo norte-americano. Alckmin tem uma reunião agendada com o setor farmacêutico nesta quarta-feira (23) para tratar do tema. O governo busca evitar os impactos negativos que a medida pode causar às exportações do país.
Fonte: http://jovempan.com.br
