O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou para a próxima segunda-feira (28/7) os interrogatórios dos dez réus do núcleo 3, acusados de envolvimento em uma trama golpista. Este grupo é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de planejar a morte de autoridades importantes.
Os interrogatórios, que serão conduzidos virtualmente por um juiz auxiliar do gabinete de Moraes, visam aprofundar as investigações sobre o suposto plano. A denúncia da PGR alega que o grupo planejava assassinar o próprio ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Segundo a acusação, o objetivo final seria manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, impedindo a transição democrática. A gravidade das acusações demonstra a seriedade com que o STF está tratando o caso, buscando esclarecer todos os detalhes da suposta conspiração.
Ainda de acordo com a PGR, os réus se reuniram em 28 de novembro de 2022, após a vitória de Lula nas eleições, para elaborar uma carta de teor golpista a ser enviada aos comandantes das Forças Armadas. O plano incluía ações para provocar instabilidade social e criar um cenário favorável à manutenção de Bolsonaro no poder.
Entre os réus do núcleo 3, encontram-se militares de alta patente e um policial federal, incluindo coronéis e tenentes-coronéis do Exército. Bernardo Romão Correa Netto será o primeiro a ser ouvido, seguido pelos demais réus em ordem alfabética. Todos deverão estar presentes virtualmente para responder às perguntas da PGR e dos ministros do STF, com a assistência de seus advogados.
Fonte: http://www.metropoles.com