quarta-feira, julho 23, 2025

WEG Surpreende Negativamente o Mercado e Ações Reagem com Queda: O Que Explica a Reação?

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A divulgação do balanço trimestral da WEG (WEGE3) deflagrou uma onda de vendas, derrubando as ações da companhia, mesmo com projeções consideradas modestas. No início do pregão, os papéis chegaram a recuar mais de 5%, refletindo a decepção dos investidores com os números apresentados pela fabricante de motores elétricos. Às 10h50 (horário de Brasília), as ações WEGE3 registravam queda de 3,82%, cotadas a R$ 39,74.

Embora a WEG tenha reportado um lucro líquido de R$ 1,592 bilhão no segundo trimestre, representando um crescimento de 10,4% em relação ao ano anterior, o resultado ficou aquém das expectativas do mercado. Adicionalmente, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 2,26 bilhões, um aumento de 6,5% na comparação anual, mas também abaixo das projeções compiladas pela LSEG, que apontavam para R$ 1,76 bilhão e R$ 2,49 bilhões, respectivamente.

A receita líquida da companhia, que alcançou quase R$ 10,21 bilhões entre abril e junho, apresentou um crescimento de 10,1% em relação ao mesmo período de 2024. No entanto, este valor também ficou abaixo dos R$ 11,16 bilhões esperados pelo mercado, de acordo com estimativas da LSEG. A reação negativa do mercado levanta questões sobre os desafios que a WEG enfrenta em um cenário econômico global incerto.

Analistas do Goldman Sachs apontaram que o Ebitda ficou 4% abaixo de sua estimativa e 6% abaixo do consenso da Bloomberg, embora a margem Ebitda de 22,1% tenha superado ligeiramente as expectativas. “Esperávamos uma desaceleração significativa no crescimento da receita no segundo semestre de 2025”, ressaltaram os analistas do Goldman Sachs, citando a valorização do real e uma base de comparação forte no segundo semestre de 2024.

O Itaú BBA, por sua vez, destacou que os números ficaram aproximadamente 6% abaixo de suas expectativas de receita bruta e Ebitda, atribuindo o resultado a um desempenho pior do que o previsto do PIB doméstico. Apesar do cenário desafiador, o Itaú BBA mantém recomendação outperform para as ações da WEG, com preço-alvo de R$ 65, vislumbrando um ponto de entrada atraente para investidores de longo prazo caso a ação firme queda.

Enquanto o JPMorgan possui recomendação overweight para os ativos da WEG, o Goldman Sachs adota uma postura mais cautelosa, com recomendação de venda e preço-alvo de R$ 44,60. “Esperamos que a incerteza tarifária pese no desempenho das ações, aumentando ainda mais a incerteza do ambiente macroeconômico atual”, justificou o Goldman Sachs, refletindo as preocupações do mercado com os desafios que a WEG enfrenta no curto prazo.

Fonte: http://www.infomoney.com.br

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