O alecrim, conhecido por seu aroma revigorante e uso culinário, oferece muito mais do que apenas um toque especial a carnes e legumes. Estudos revelam que essa erva, rica em compostos fenólicos, vitaminas e óleos essenciais, pode ser um aliado valioso para a saúde, apresentando propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e até mesmo cognitivas.
Embora versátil em suas aplicações, desde receitas e infusões até a aromaterapia, especialistas alertam que o alecrim não é uma solução milagrosa. “Seus efeitos não substituem tratamentos médicos, sendo essencial um uso moderado e integrado a uma dieta equilibrada”, ressalta o nutricionista Daniel Tenório, do Hospital Nove de Julho.
A composição do alecrim, com compostos fenólicos como o ácido rosmarínico e o carnosol, desempenha um papel crucial na modulação da inflamação e na inibição de enzimas relacionadas a processos inflamatórios. Adicionalmente, esses compostos exibem uma potente ação antioxidante, combatendo os radicais livres e protegendo as células contra o estresse oxidativo, um fator associado ao envelhecimento precoce.
De acordo com Bruna Magesti, nutricionista da UFRJ, o alecrim atua como um tônico digestivo, estimulando a produção de bile e enzimas que facilitam a digestão de gorduras. Além disso, pode proporcionar alívio para desconfortos leves, como gases e cólicas. Tenório complementa, destacando a influência dos compostos do alecrim em neurotransmissores como a acetilcolina, impactando positivamente a memória e o foco, especialmente quando utilizado como óleo essencial em aromaterapia.
A presença de vitamina C, flavonoides e propriedades anti-inflamatórias no alecrim contribui para a manutenção de um sistema imunológico saudável. No entanto, é importante ressaltar que a erva não deve ser vista como um fortificador isolado. O consumo regular também pode ter um impacto positivo na pressão arterial e na circulação, embora não substitua tratamentos médicos convencionais. O óleo essencial, seja em uso tópico ou aromático, pode auxiliar no alívio de dores musculares e tensionais.
Para um consumo seguro, especialistas recomendam até uma colher de sopa de alecrim fresco por dia, ou duas xícaras de chá com infusão leve. O óleo essencial, por sua vez, nunca deve ser ingerido sem orientação profissional e, quando aplicado topicamente, requer diluição adequada. Gestantes devem ter cautela redobrada, pois doses elevadas, especialmente em formas concentradas, podem estimular contrações uterinas e aumentar o risco de aborto espontâneo.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br