O presidente francês, Emmanuel Macron, decidiu processar a influenciadora digital norte-americana Candace Owens, após a disseminação de alegações infundadas e transfóbicas sobre sua esposa, a primeira-dama Brigitte Macron. A ação judicial busca responsabilizar Owens pela propagação de teorias da conspiração que atacam a honra e a imagem de Brigitte.
A polêmica teve início com a divulgação de uma série de vídeos no YouTube, intitulada “Becoming Brigitte”. Nesses vídeos, Candace Owens alega, sem apresentar qualquer evidência, que Brigitte Macron seria uma mulher trans que teria ocultado sua identidade de gênero. A série rapidamente ganhou notoriedade, acumulando dezenas de milhares de visualizações e ampliando o alcance das alegações.
Nos oito episódios da série, a influenciadora insiste que o verdadeiro nome de Brigitte seria Jean-Michel Trogneux, nome este que coincide com o do irmão mais velho da primeira-dama. Além das alegações sobre a suposta transição de gênero, a série também veicula outras teorias conspiratórias, como a insinuação de laços sanguíneos incestuosos entre Brigitte e Emmanuel Macron.
Em sua defesa, os representantes legais de Candace Owens argumentam que o processo movido por Macron é “repleto de imprecisões factuais” e o classificam como “um ataque de um governo estrangeiro aos direitos da Primeira Emenda de uma jornalista independente”. Contudo, o casal Macron considera que a ação judicial é a única forma de obter reparação diante da campanha difamatória.
“Encaminhar a questão a um tribunal era o único caminho que restava para uma solução”, declararam Emmanuel e Brigitte Macron em nota oficial, ressaltando que tentaram oferecer à influenciadora a oportunidade de se retratar publicamente. O caso levanta questões sobre os limites da liberdade de expressão e a responsabilidade dos influenciadores digitais na disseminação de informações.
Fonte: http://revistaoeste.com
