As bolsas da Ásia encerraram o pregão desta sexta-feira em terreno negativo, interrompendo uma sequência de ganhos recentes. Analistas apontam para uma possível realização de lucros, após o otimismo gerado pelos avanços nas negociações tarifárias lideradas pelos Estados Unidos.
O índice Nikkei do Japão liderou as perdas, com uma queda de 0,88% em Tóquio, atingindo 41.456,223 pontos. Esse recuo ocorre após duas sessões de forte valorização impulsionadas pelo acordo comercial firmado entre os EUA e o Japão, evidenciando a volatilidade do mercado frente a notícias de comércio internacional.
Outros mercados importantes da região também registraram perdas. O Hang Seng de Hong Kong caiu 1,09%, fechando em 25.338,35 pontos, enquanto o Taiex de Taiwan apresentou uma leve baixa de 0,04%, alcançando 23.364,38 pontos. A China continental acompanhou a tendência, com o Xangai Composto e o Shenzhen Composto apresentando quedas de 0,33% e 0,10%, respectivamente.
Em contraste com o sentimento geral, o Kospi da Coreia do Sul desafiou a tendência, registrando um avanço de 0,18% em Seul, fechando em 3.196,05 pontos. Esse desempenho positivo demonstra a resiliência de alguns mercados asiáticos, mesmo em um cenário de cautela predominante.
Os investidores agora aguardam ansiosamente por um possível acordo comercial entre os EUA e a União Europeia, seguindo o modelo do pacto já estabelecido com o Japão. Há especulações de que as tarifas “recíprocas” impostas pelos EUA à UE poderiam ser reduzidas para 15%, alinhando-se ao tratamento concedido aos japoneses. Caso contrário, o bloco europeu poderá enfrentar tarifas de 30% a partir de agosto. O presidente Trump demonstrou otimismo em relação às negociações com a UE, afirmando que os dois lados estão “a caminho de fazer um ótimo acordo comercial”.
Na Oceania, a bolsa australiana também fechou em baixa pelo segundo dia consecutivo, com o S&P/ASX 200 caindo 0,49% em Sydney, atingindo 8.666,90 pontos. Esse desempenho reflete a incerteza global e a sensibilidade dos mercados a eventos geopolíticos e econômicos.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br
