sábado, agosto 2, 2025

Anticoncepcional Injetável Depo-Provera Sob Investigação: Risco de Tumor Cerebral Levanta Alerta

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Nos Estados Unidos, o anticoncepcional hormonal injetável Depo-Provera, amplamente utilizado, enfrenta uma onda de processos judiciais. A alegação central é um possível aumento no risco de desenvolvimento de meningioma, um tipo de tumor cerebral, em mulheres que utilizam o medicamento.

Um estudo recente, publicado na revista científica Expert Opinion on Drug Safety, reacendeu o debate sobre a segurança do Depo-Provera. A pesquisa sugere que usuárias do anticoncepcional injetável apresentaram uma incidência maior de meningioma em comparação com aquelas que optaram por contraceptivos orais. O meningioma, embora frequentemente benigno, pode causar complicações sérias ao comprimir áreas vitais do cérebro.

O meningioma se forma nas meninges, membranas que protegem o cérebro e a medula espinhal. É um dos tumores mais comuns do sistema nervoso central, afetando principalmente pessoas entre 40 e 60 anos e sendo mais comum em mulheres. Embora na maioria dos casos seja benigno, sua localização pode levar a convulsões, alterações na visão ou fala, dificuldades cognitivas e, em casos graves, até mesmo AVC.

O Depo-Provera, cujo princípio ativo é o acetato de medroxiprogesterona, é administrado via injeção a cada três meses. Milhões de mulheres em todo o mundo utilizam esse método contraceptivo. Contudo, o advogado Chris Paulos, representante de pacientes em ações contra a fabricante, destaca a gravidade dos efeitos colaterais relatados, incluindo AVCs e distúrbios cognitivos, justificando a ação coletiva.

Estudos adicionais reforçam a preocupação. Uma pesquisa publicada no British Medical Journal em março de 2024 indicou que o uso prolongado do acetato de medroxiprogesterona, por um ano ou mais, pode elevar o risco de meningioma em até cinco vezes. Outro levantamento da Universidade do Alabama apontou um aumento de 53% na probabilidade do tumor com a versão injetável, sem a mesma relação observada com a forma oral.

Diante das crescentes ações judiciais, a Pfizer, fabricante do Depo-Provera, se manifestou. Em nota ao Metrópoles, a empresa declarou confiar na segurança e eficácia do medicamento, ressaltando que ele continua sendo uma opção importante para o gerenciamento da saúde reprodutiva feminina. A empresa afirma que a bula do produto contempla todos os potenciais eventos adversos e segue as orientações das agências regulatórias.

Fonte: http://www.metropoles.com

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