sexta-feira, agosto 1, 2025

Após 7 de Outubro: Ataque do Hamas Acelera Colapso Interno e Perda de Controle em Gaza, Apontam Analistas

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O ataque de 7 de outubro de 2023, embora tenha inicialmente surpreendido Israel e reacendido o debate internacional sobre o conflito, parece ter desencadeado uma série de eventos que levaram ao enfraquecimento significativo do Hamas. Uma fonte sênior do próprio grupo terrorista revelou que cerca de 80% da Faixa de Gaza já não está sob seu controle, e aproximadamente 95% de seus líderes foram eliminados. Essa declaração, por si só, indica a magnitude do revés sofrido.

As consequências do ataque foram profundas em termos humanos, territoriais e organizacionais. O Hamas, outrora uma força dominante na região, enfrenta agora um cenário de desestruturação e perda de influência. Analistas e relatórios de inteligência sugerem que a estratégia adotada pelo grupo se provou um fracasso, culminando em sua fragilização.

Conforme apontado pelo *The Washington Post*, o Hamas se transformou em uma rede subterrânea de insurgência, sem perspectivas de recuperar o poder. Relatos do renomado jornal, somados às análises de centros especializados como o Middle East Institute e o International Crisis Group, convergem para a conclusão de que o Hamas está desarticulado, asfixiado financeiramente e incapaz de exercer qualquer forma estruturada de governo.

A crise interna do Hamas é reconhecida por especialistas como Yezid Sayigh, do Carnegie Middle East Center, que classificou o ataque de outubro como um “erro de cálculo estratégico” que resultou em “um colapso funcional do Hamas como entidade governante”. A avaliação é corroborada por documentos de inteligência israelense e análises do *Post*, que expõem uma organização fragmentada e sem capacidade de recomposição a curto prazo.

Apesar da visibilidade internacional da causa palestina e do aumento das pressões sobre Israel, os resultados concretos da ofensiva de outubro foram desastrosos para o Hamas. A Faixa de Gaza está em ruínas, com infraestrutura destruída, milhares de mortos e 1,9 milhão de deslocados. A resistência simbólica custou a destruição quase total de sua base física e política.

No início do conflito, os dirigentes do Hamas imaginaram uma escalada, em que o Irã, auxiliado pelo Hezbollah, lideraria uma ofensiva capaz de promover a derrocada de Israel. O que ocorreu foi o contrário. “Israel desmontou o chamado ‘eixo da resistência’, ou ‘eixo do mal’: o Hezbollah recuou, a Síria mudou de postura e o Irã aprendeu a se conter”, prosseguiu Plocker.

O grupo perdeu grande parte de sua estrutura militar organizada e migrou para uma configuração formada por células insurgentes dispersas. Mesmo assim, ainda mantém cerca de 50 reféns de Israel sob controle. Apenas por esse instrumento de barganha, o grupo ainda respira. Também por isso, as negociações pela libertação dos sequestrados têm sido tão difíceis e delicadas.

Fonte: http://revistaoeste.com

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