A influenciadora Rafaela Ribeiro, de 24 anos, enfrentou um pesadelo ao ser diagnosticada com um linfoma não Hodgkin de grandes células B, um tipo de câncer agressivo. A jornada de Rafaela serve de alerta sobre a importância de não ignorar os sinais que o corpo emite, mesmo que pareçam inofensivos no início. A jovem relata que a perda repentina de 17 quilos foi o primeiro indício da doença, mas, sem causa aparente, ela não deu a devida atenção.
Outros sintomas logo se manifestaram, como uma tosse seca persistente que não melhorava com medicamentos. Rafaela buscou ajuda médica, mas enfrentou dificuldades. “Os médicos sempre me ignoravam, achavam que eu devia estar querendo atestado e atribuíram os sintomas a exagero”, desabafa. Essa negligência inicial, infelizmente, atrasou o diagnóstico e o tratamento adequado.
Com o tempo, surgiram dores no estômago e nas costas, acompanhadas de ínguas no pescoço e nas axilas. A dificuldade para engolir também se tornou um problema. Após muita insistência, Rafaela conseguiu realizar uma tomografia em maio, que revelou a presença de tumores distribuídos por todo o tronco e pescoço. Uma biópsia confirmou o diagnóstico de linfoma não Hodgkin de grandes células B, um câncer que ataca as células de defesa do organismo.
O oncologista Jorge Abissamra Filho destaca que, apesar da agressividade desse tipo de linfoma, os avanços nos tratamentos têm aumentado as chances de cura. “A taxa de cura pode chegar a 80% nos casos com bom estado geral de saúde e diagnóstico precoce. Mesmo em casos mais avançados, hoje é possível alcançar longos períodos de controle da doença”, afirma o médico. A detecção precoce, por meio de exames como tomografia, biópsia e PET-CT, é crucial para um tratamento mais eficaz.
Após um longo e intenso tratamento, que incluiu 17 sessões de quimioterapia e a superação de uma infecção hospitalar grave, Rafaela alcançou a remissão. Atualmente, ela aguarda a terapia CAR-T, um tratamento inovador que pode evitar o transplante de medula. A experiência com o câncer a fez repensar seus hábitos e priorizar sua saúde. “A gente não pode ignorar o que sente”, alerta Rafaela, que compartilha sua história nas redes sociais para conscientizar outras pessoas sobre a importância de estar atento aos sinais do corpo.
Fonte: http://www.metropoles.com