sábado, agosto 2, 2025

Paraná Reage à Tarifa Americana: Pacote de Medidas Bilionário Busca Proteger Empregos e Empresas

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Diante da iminente taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, o governo do Paraná anuncia um pacote de medidas emergenciais para mitigar os impactos negativos na economia estadual. A iniciativa, que surge após intensas negociações com representantes da indústria paranaense, visa proteger empregos e garantir a continuidade das atividades produtivas.

O plano de ação inclui a oferta de linhas de crédito facilitadas, flexibilização nos prazos de investimentos para empresas participantes do programa Paraná Competitivo e a permissão para utilização de créditos de ICMS (Siscred) como garantia para novos financiamentos ou conversão em dinheiro. O secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, enfatizou a disposição do estado em alocar recursos adicionais para auxiliar os empresários afetados, conforme declarou à CBN Curitiba.

Empresas participantes do programa Paraná Competitivo ganharão prazos estendidos para cumprir compromissos de investimento, evitando a perda de benefícios fiscais. Linhas de crédito emergenciais serão disponibilizadas através da Fomento Paraná e do BRDE, com a possibilidade de adiamento de parcelas de empréstimos já existentes, seguindo as diretrizes do Banco Central.

A estimativa é que o montante total disponível para financiamento ultrapasse R$ 400 milhões. Adicionalmente, o governo estuda um aporte no Fundo de Desenvolvimento Econômico para ampliar o acesso a recursos com juros reduzidos. O objetivo central é, segundo o governo, “preservar empregos e cadeias produtivas”, como destacou o secretário Ortigara.

Em 2024, o Paraná exportou, em média, US$ 1,5 bilhão para os Estados Unidos, sendo US$ 735 milhões apenas no primeiro semestre. A pauta de exportações é diversificada, incluindo produtos de madeira, café, móveis, plásticos, combustíveis e outros itens. A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) manifestou apoio às medidas, reconhecendo sua importância para o setor.

Contudo, os efeitos da taxação já são visíveis. A empresa Sudati, do setor de derivados de madeira, anunciou a demissão coletiva de cerca de 100 funcionários. Outras duas fábricas no estado concederam férias coletivas para aproximadamente 2 mil trabalhadores. A Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) defende uma ação mais incisiva do governo federal, solicitando a suspensão ou prorrogação da tarifa por 90 dias.

Fonte: http://cbncuritiba.com.br

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