Diante da escalada das tensões na fronteira disputada, os líderes da Tailândia e do Camboja se reunirão na Malásia na próxima segunda-feira, dia 28. A informação foi divulgada pela agência de notícias estatal da Malásia, citando o ministro das Relações Exteriores do país, Mohamad Hasan, que destacou a importância do encontro para a busca de uma solução pacífica.
Segundo a agência de notícias estatal da Malásia, o primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai, e o primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, confirmaram suas viagens para a Malásia. A reunião visa abordar as crescentes preocupações em relação ao conflito fronteiriço e explorar possíveis caminhos para a desescalada.
A tensão na região também atraiu a atenção internacional. No sábado, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter contatado os líderes de ambas as nações para instar um cessar-fogo imediato, embora as informações sobre o sucesso dessas iniciativas sejam conflitantes.
“A ligação com o Camboja foi encerrada, mas esperem retornar a ligação sobre a interrupção da guerra e o cessar-fogo com base no que a Tailândia tiver a dizer. Estou tentando simplificar uma situação complexa!”, escreveu Trump em sua rede social. Ele ainda acrescentou que a ligação para o líder tailandês “está sendo feita momentaneamente”.
A disputa entre Tailândia e Camboja é complexa, enraizada em questões históricas e territoriais. A fronteira de 817 km, demarcada durante o período colonial francês, é fonte de tensões devido à reivindicação de áreas com locais históricos e templos por ambos os países.
O Camboja buscou a intervenção da Corte Internacional de Justiça da ONU para resolver a disputa, mas a Tailândia não reconhece a jurisdição da CIJ em algumas áreas, alegando que a fronteira nunca foi totalmente demarcada. Em 2011, confrontos violentos na região do templo Preah Vihear causaram mortes e o deslocamento de milhares de pessoas, evidenciando a fragilidade da situação.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br
