Um novo acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia, selado no domingo, provocou uma onda de reações negativas entre líderes políticos e empresários europeus. O pacto, que estabelece uma tarifa de 15% sobre grande parte das exportações europeias para os EUA, é visto por críticos como um sinal de fraqueza do bloco europeu.
O primeiro-ministro francês, François Bayrou, expressou seu descontentamento na rede X, descrevendo o acordo como um “dia sombrio” e um ato de “resignação à submissão”. A insatisfação se estende a outros líderes de direita na França e na Alemanha, que alertam para potenciais prejuízos ao bloco europeu.
Alice Weidel, colíder do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), classificou o acordo como “um tapa na cara de consumidores e produtores da Europa”. Enquanto isso, a Federação das Indústrias Alemãs considera o entendimento um “compromisso inadequado” que pode impactar negativamente as exportações alemãs.
Nem todos os setores estão descontentes. A indústria automobilística europeia, por exemplo, saudou a redução das tarifas americanas sobre carros europeus de 27,5% para 15%. No entanto, a Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis, através de sua diretora-geral Sigrid de Vries, enfatizou a necessidade de reduzir ainda mais os obstáculos ao comércio automotivo transatlântico para fortalecer os laços econômicos.
Apesar das críticas, o acordo parece ter impulsionado os mercados de ações, com investidores demonstrando alívio diante da redução das incertezas no cenário global de comércio. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu o pacto, afirmando que ele “cria certeza em tempos incertos” para cidadãos e empresas de ambos os lados do Atlântico. O acordo também prevê que a UE destine bilhões de dólares à aquisição de produtos energéticos e armamentos dos EUA.
Fonte: http://revistaoeste.com
