O Ibovespa enfrenta um dia de turbulência, lutando para se manter acima dos 132 mil pontos em meio a crescentes preocupações com a possível imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos. A ameaça de novas taxas de importação, liderada pelo presidente Donald Trump, lançou uma sombra de incerteza sobre o mercado brasileiro, impactando negativamente o desempenho das principais ações.
A pressão externa se soma a um cenário doméstico já desafiador, com investidores atentos às declarações do presidente Lula sobre o controle de minerais críticos e a necessidade de negociação com os EUA. “A relação do Brasil com os EUA é uma relação muito séria, espero que o presidente Trump reflita”, afirmou Lula, sinalizando a importância de um diálogo construtivo para evitar prejuízos à economia brasileira.
Em meio à instabilidade, o dólar comercial avança, atingindo R$ 5,59, enquanto os juros futuros apresentam recuo. A Petrobras anuncia uma redução de 14% no preço do gás para as distribuidoras, uma medida que pode trazer alívio para o setor e para os consumidores, mas que ainda não foi suficiente para impulsionar o Ibovespa.
As ações da Petrobras, aliás, destoam do cenário geral, operando em alta e oferecendo um contraponto em meio às perdas generalizadas. No entanto, o desempenho negativo de grandes bancos e empresas como Vale contribuem para a pressão sobre o índice, que busca um ponto de equilíbrio em meio às incertezas globais.
O mercado acompanha de perto as negociações comerciais entre EUA e China, bem como a reação de outros países à postura protecionista de Trump. A semana promete ser decisiva para o futuro do Ibovespa, com investidores aguardando novos desdobramentos e buscando sinais de estabilidade em meio à volatilidade.
Fonte: http://www.infomoney.com.br
