O vice-presidente Geraldo Alckmin está empenhado em reverter a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Desde março, o governo federal tem buscado o diálogo com Washington, visando uma solução para essa questão que impacta o comércio bilateral. Uma carta confidencial foi enviada às autoridades americanas, e o governo aguarda um posicionamento oficial.
Em busca de alternativas, Alckmin participou de uma videoconferência com representantes do governo americano, incluindo o secretário de Comércio, Howard Lutnick, e o embaixador Jamieson Greer. Desse encontro, surgiu um grupo de trabalho bilateral com o objetivo de aprofundar as negociações. “Estamos conversando, estamos dialogando”, ressaltou o vice-presidente, demonstrando otimismo em relação ao processo.
Adicionalmente, Alckmin respondeu às preocupações das montadoras em relação aos incentivos para empresas chinesas no setor automotivo. O governo estabeleceu um aumento gradual das tarifas de importação para veículos elétricos e híbridos, com a meta de atingir 35% em 2026. Essa medida visa estimular a instalação de fábricas no Brasil, fortalecendo a indústria nacional.
A proposta em análise prevê a manutenção do aumento das tarifas, juntamente com a criação de cotas temporárias que diminuirão anualmente até que as alíquotas se igualem às dos veículos a combustão. Essa estratégia busca equilibrar a competição no mercado e incentivar a produção local. O tema será amplamente debatido no Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) e na Câmara de Comércio Exterior (Camex), envolvendo a participação de diversos ministérios.
Duas demandas específicas estão sob avaliação do governo. A Anfavea solicita a antecipação da alíquota cheia para 2026, enquanto a BYD busca a redução tarifária para veículos semimontados. A proposta do governo é conceder cotas maiores até julho de 2026, buscando um meio-termo que atenda aos interesses das partes envolvidas e promova o desenvolvimento do setor automotivo brasileiro.
Fonte: http://jovempan.com.br