domingo, agosto 3, 2025

Tarifa de Trump Ameaça Exportações Brasileiras: Lula Corre Contra o Tempo para Evitar o Impacto

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O Brasil enfrenta uma corrida contra o tempo para evitar o impacto de uma possível tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, medida anunciada por Donald Trump com previsão de entrar em vigor em 1º de agosto. O anúncio gerou apreensão nos cenários político e econômico nacional, com especialistas apontando que o governo Lula demorou a agir nas negociações.

Christopher Garman, analista político da Eurasia Group, e Lucas Ferraz, professor da FGV e ex-secretário de Comércio Exterior, defendem que o governo brasileiro deveria ter intensificado os contatos diplomáticos formais desde abril, quando uma tarifa de 10% já havia sido aplicada. A falta de comunicação direta entre Lula e Trump, assim como entre os ministérios, é vista como um entrave.

A retórica de Lula, que teceu críticas públicas a Trump, também pode ter dificultado a criação de um ambiente favorável para as negociações. Garman sugere que Trump pode se identificar com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o que pode ter influenciado a decisão das tarifas. “A raiz dessa tarifa, no fundo, é que Trump se identifica com Jair Bolsonaro”, disse Garman.

Diante do pouco tempo disponível, especialistas e membros da comitiva brasileira em Washington, como o senador Esperidião Amin, sugerem que Lula faça uma ligação direta para Trump. A carta enviada pelos EUA, que propõe negociações comerciais, sinaliza que ainda há espaço para diálogo. Amin argumenta que Lula não tem “nada a perder, só a ganhar” com essa iniciativa.

Enquanto a diplomacia tenta reverter a situação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo brasileiro não cederá às pressões e está elaborando um plano de contingência. Segundo Garman, o plano pode incluir pacotes de ajuda para empresas exportadoras. Lucas Ferraz sugere que o Brasil tem outras cartas na manga, como a redução de tarifas de importação e parcerias em áreas como minerais críticos e energia renovável.

A situação exige uma estratégia proativa e assertiva por parte do Brasil. A comitiva de senadores em Washington busca diálogo com líderes empresariais, parlamentares americanos e representantes da sociedade civil. A grande questão é se a última cartada diplomática será suficiente para evitar o aumento das tarifas.

Fonte: http://jovempan.com.br

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