Em resposta à iminente imposição de tarifas de 50% por Donald Trump sobre produtos brasileiros, o governo federal avalia a utilização de crédito extraordinário como medida de contingência. A ação visa evitar o comprometimento da meta fiscal de 2025, conforme apurado pela CNN Brasil.
A equipe econômica trabalha para que qualquer medida adotada pelo presidente Lula minimize o impacto fiscal primário. A meta estabelecida para este ano é de déficit primário zero, buscando o equilíbrio entre receitas e despesas.
Segundo fontes, o plano em elaboração considera tanto Medidas Provisórias (MPs) quanto decretos presidenciais. O objetivo é agilizar o socorro aos setores que serão afetados caso as tarifas entrem em vigor.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à CNN Brasil, adiantou que o pacote em estudo inclui propostas de curto, médio e longo prazo, com potencial para implementação em até 48 horas. A efetivação das medidas aguarda o aval do presidente Lula.
“Canais de negociação com os EUA estão sendo desobstruídos”, declarou Haddad à CNN Brasil, indicando esforços diplomáticos paralelos às medidas econômicas. O plano de contingência governamental engloba a reformulação de programas de exportação e medidas de proteção ao trabalhador.
O pacote emergencial é comparado ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte Solidário, implementado para auxiliar empresários afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Em 2024, o governo destinou R$ 12,2 bilhões em crédito extraordinário para o estado.
A proposta já foi apresentada ao Palácio do Planalto e aguarda aprovação presidencial. A imposição das tarifas de 50% por Trump está prevista para entrar em vigor nesta sexta-feira, 1º de agosto.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br