O filme “A Melhor Mãe do Mundo”, dirigido por Anna Muylaert, aclamada por “Que Horas Ela Volta?”, lança um olhar sensível sobre a realidade da violência doméstica. A trama acompanha Gal, interpretada por Shirley Cruz, e seus filhos, Rihanna e Benin, em uma jornada angustiante em busca de segurança após um episódio de agressão praticado por Leandro (Seu Jorge), marido de Gal.
A narrativa se inicia em uma delegacia, com uma cena intensa entre Shirley Cruz e Katiuscia Canoro, já divulgada nas redes sociais. A interpretação realista e sem exageros das atrizes, especialmente de Shirley, oferece um vislumbre da qualidade das atuações em todo o filme. A direção de Muylaert busca retratar a realidade sem clichês, conferindo autenticidade à história.
Diante da hostilidade da capital paulista, Gal se esforça para proteger seus filhos, mesmo que isso signifique dormir nas ruas. O filme destaca a inocência das crianças, habilmente interpretadas por Rihanna Barbosa e Benin Ayo, que se tornam o centro da trama. A obra também aborda outras questões sociais urgentes, como a pobreza menstrual, o déficit habitacional e a importância do apoio às populações de rua.
“A Melhor Mãe do Mundo” marca a estreia da cantora Luedji Luna como atriz, trazendo à tona a normalização da violência em diversos contextos familiares. O filme também explora a complexidade da personagem de Gal, que, apesar de priorizar seus filhos, ainda enfrenta a carência e o medo de seguir em frente sem um companheiro. Segundo a crítica, Muylaert soluciona esse conflito no momento certo.
O filme foi premiado como Melhor Filme no Cine PE, em junho deste ano, consolidando o reconhecimento da crítica. A produção concorreu com outros filmes relevantes, como “O Ano em que o Frevo Não Foi pra Rua”, de Mariana Soares e Bruno Mazzoco, e “Senhoritas”, de Mykaela Plotkin, evidenciando a qualidade e relevância da obra de Anna Muylaert.
Fonte: http://www.metropoles.com