O mercado de seguros no Brasil apresenta um cenário promissor, com estimativas de crescimento de 10% para 2025, conforme dados da CNseg. Apesar do potencial, uma pesquisa do Datafolha revela que 80% dos brasileiros adultos ainda não possuem seguro de vida, indicando um vasto campo a ser explorado e conscientizado.
Especialistas do setor apontam que a pandemia impulsionou uma mudança de mentalidade, elevando a percepção sobre a importância da proteção. As seguradoras, ao ampararem famílias durante a crise da Covid-19, solidificaram a imagem do seguro de vida como um instrumento estratégico para proteção, sucessão e organização patrimonial.
Larissa Althoff, diretora de Parcerias Financeiras da MAG Seguros, destacou durante a Pop Up InfoMoney, evento em parceria com a MAG na Expert XP, que “a conscientização cresceu à medida que assessores de investimentos passaram a incluir esses produtos em suas ofertas”. Ela complementa que existe uma grande oportunidade de mostrar às pessoas a importância do seguro para o planejamento de longo prazo.
Carlos Eduardo Biagioni, head de soluções patrimoniais da Monte Bravo, reforça a visão de que o seguro é fundamental para o planejamento financeiro familiar. “Seguro de vida é investimento, mas um investimento ‘não financeiro’”, explica, diferenciando-o dos investimentos tradicionais e enfatizando seu papel na proteção patrimonial, familiar e financeira.
O setor tem evoluído, oferecendo produtos personalizáveis que se adaptam aos diferentes momentos da vida dos investidores. Leonardo Scherr, sócio-fundador da CS4 XP, ressalta que incluir seguros no portfólio do cliente é uma progressão natural para os assessores, pois o mercado exige um planejamento financeiro completo e um atendimento que vá além dos investimentos.
Além disso, o seguro de vida surge como uma ferramenta eficaz para a sucessão patrimonial, garantindo que o legado seja transmitido de forma ágil, com liquidez e sem comprometer o patrimônio. A diretora da MAG Seguros enfatiza que o seguro se torna um aliado valioso para preparar sucessores e garantir recursos para a transição.
Embora a estratégia de seguros demande conhecimento técnico e sensibilidade, Leonardo da CS4 XP observa que a venda do seguro equilibra o “lúdico e o lógico”. Ele destaca a importância de o assessor despertar o senso de urgência no cliente, incentivando-o a priorizar a proteção.
Os avanços tecnológicos têm simplificado o processo, com contratações digitais e instantâneas. Cadu Biagioni vislumbra futuras evoluções com a inteligência artificial, facilitando etapas como o preenchimento da Declaração Pessoal de Saúde (DPS).
Em última análise, o seguro não é uma solução universal, mas todos devem compreendê-lo. Leonardo aconselha os assessores a serem consultores abrangentes, abordando todos os aspectos da vida do cliente, inclusive a proteção do patrimônio conquistado. “Não seja você a resistência. Leve a conversa até o cliente e deixe que ele decida”, conclui.
Fonte: http://www.infomoney.com.br
