O setor de alumínio brasileiro enfrenta a possibilidade de um duro golpe financeiro, com perdas estimadas em R$ 1,15 bilhão, devido às tarifas impostas pelos Estados Unidos. O alerta foi emitido pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal) na última quinta-feira (30), destacando a preocupação com o impacto das medidas protecionistas no comércio bilateral. A entidade busca alternativas para mitigar os efeitos negativos sobre a indústria nacional.
Apesar da isenção de alguns insumos, como a alumina, a Abal ressalta que materiais essenciais como bauxita, hidróxido de alumínio, óxido de alumínio e cimento aluminoso permanecem sujeitos às sobretaxas. Essa situação afeta diretamente a competitividade do setor, uma vez que esses insumos são cruciais para a cadeia produtiva do alumínio no Brasil. A manutenção das tarifas sobre esses itens representa um impacto financeiro considerável para as empresas.
De acordo com a Abal, cerca de um terço do setor ainda enfrenta uma sobretaxa de 50%, o que inviabiliza o acesso de diversos produtos ao mercado americano. Em 2024, o Brasil exportou mais de 1 milhão de toneladas de alumínio para os Estados Unidos, evidenciando a importância desse mercado para a indústria nacional. A associação enfatiza que a continuidade dessas tarifas pode comprometer significativamente as exportações brasileiras e a competitividade do alumínio no mercado internacional.
A situação expõe a vulnerabilidade de setores da economia brasileira às políticas tarifárias dos Estados Unidos, uma preocupação crescente em diversos segmentos. A Abal continua monitorando de perto a situação, buscando alternativas para minimizar os impactos negativos e garantir a sustentabilidade do setor de alumínio no Brasil. A entidade também analisa o cenário buscando ajustar as estratégias de exportação.
“A Abal continua monitorando a situação e buscando alternativas para mitigar os efeitos das tarifas sobre o setor de alumínio no Brasil”, informou a associação em comunicado. O setor aguarda desdobramentos e espera que medidas possam ser tomadas para proteger a indústria nacional dos impactos negativos das tarifas americanas.
Fonte: http://jovempan.com.br