39,5 milhões de brasileiros apostam online

Getty Images

Impactos financeiros e sociais das apostas digitais

Uma pesquisa da CNDL revela que 39,5 milhões de brasileiros apostaram online no último ano, impactando suas finanças e a saúde mental.

Em 07 de novembro de 2025, uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que 39,5 milhões de brasileiros já realizaram apostas em plataformas digitais nos últimos 12 meses, evidenciando os efeitos sobre o orçamento familiar e a saúde mental.

Impactos financeiros e comportamentais

O estudo, realizado entre 13 e 25 de junho de 2025, mostra que 41% dos apostadores cortaram gastos em produtos e serviços essenciais, como alimentação e lazer, para poder jogar. O gasto médio mensal com apostas é de R$ 187, aumentando para R$ 255 entre as classes A e B. O Pix é o método de pagamento mais utilizado, representando 76% das transações, seguido por cartões de crédito (11%). A pesquisa também aponta que 54% dos apostadores preferem apostas esportivas em vez de jogos de cassino.

Consequências emocionais

Os dados ainda revelam que 19% dos apostadores reconhecem ter gasto além de suas possibilidades, levando a dificuldades financeiras. Outros 17% admitiram não conseguir pagar contas, e 29% já tiveram seus nomes negativados. O levantamento destaca que 28% dos entrevistados enfrentaram problemas emocionais, como ansiedade e conflitos familiares, relacionados ao vício nas apostas. Apesar de 37% terem tentado parar de apostar, a maioria não obteve sucesso, com apenas 21% buscando ajuda profissional.

A visão da sociedade

A pesquisa também apontou uma crescente rejeição à publicidade de casas de apostas, com 60% dos entrevistados considerando negativa a promoção dessas plataformas por celebridades. Além disso, 46% conhecem alguém que já enfrentou dificuldades devido às apostas, e 9% relataram que seus filhos adolescentes também apostam online. A maioria (56%) dos entrevistados não quer o fim das apostas, mas pede regras mais rígidas e fiscalização. O presidente da CNDL, José César da Costa, destacou a necessidade urgente de regulamentação que priorize a proteção do consumidor, especialmente entre jovens e famílias.

PUBLICIDADE

[quads id=1]

Relacionadas: