O Dia da Independência foi marcado por protestos em diversas capitais do país. Em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, manifestantes de diferentes espectros políticos expressaram suas opiniões sobre temas cruciais para o cenário nacional. As pautas variaram desde a soberania nacional até a controversa questão da anistia para envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na capital federal, apoiadores de Bolsonaro se reuniram para pedir a anistia do ex-presidente e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Segundo organizadores, cerca de 30 mil pessoas se concentraram próximo à Torre de TV, embora a Polícia Militar do DF não tenha divulgado estimativas oficiais. Paralelamente, manifestantes de esquerda se reuniram na Praça Zumbi dos Palmares em defesa da soberania e contra a anistia aos acusados de participação em atos golpistas.

Em São Paulo, a Praça da República foi palco de um ato organizado por centrais sindicais e partidos políticos de esquerda. Os manifestantes criticaram a possibilidade de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e o que consideram interferência do governo Trump em processos judiciais no Brasil. “O Brasil é dos brasileiros”, dizia uma das faixas, resumindo o tom do protesto.

Enquanto isso, no Sambódromo do Anhembi, o governador Tarcísio de Freitas e o prefeito Ricardo Nunes participaram do desfile cívico-militar. Mais tarde, um ato da direita, com a presença de Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Nikolas Ferreira e Silas Malafaia, estava previsto para acontecer na Avenida Paulista.

No Rio de Janeiro, o tradicional desfile cívico-militar dividiu espaço com manifestações pró e contra anistia. Em Copacabana, um grande número de pessoas se reuniu em um evento pró-Bolsonaro e pró-anistia, com faixas direcionadas ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes. O senador Flávio Bolsonaro e o governador Cláudio Castro também marcaram presença no evento.