Decisão reflete nova estratégia da empresa
Miguel Setas, CEO da Motiva, revela planos de venda dos aeroportos e foco em rodovias e trilhos.
Em tratativas para vender sua carteira de aeroportos, a Motiva (ex-CCR) considera sair desse segmento, segundo o CEO da companhia, Miguel Setas. “Nossa visão é de um portfólio simplificado, uma concentração nos negócios em que somos líderes; liderança em rodovias e em trilhos. Portanto, obviamente consideramos a hipótese de sair [do setor de aeroportos]”, disse Setas a jornalistas após ser questionado pela reportagem sobre a transação.
Negociações em andamento
Anteriormente, a Motiva já havia anunciado a investidores a contratação da Lazard e do Itaú Unibanco como assessores financeiros para a avaliação de uma possível transação envolvendo os ativos aeroportuários. Hoje, a empresa administra as concessões de 20 aeroportos –17 deles estão espalhados por todas as regiões do Brasil, em estados como Minas Gerais e Paraná, e outros três estão localizados em Curaçao, Costa Rica e Equador.
Vendas em bloco
Setas afirmou que a Motiva está em negociação com vários interessados e que está numa fase não vinculante (ou seja, ainda não há nada fechado). Segundo o executivo, a empresa busca fazer a venda de um único bloco, com todos os aeroportos, sem desmembrar em partes. O comprador poderá ser um consórcio composto por vários investidores. “Quando houver alguma novidade, a gente fará um novo fato relevante. Este é um assunto que, do ponto de vista da informação aos investidores, nós temos que ser muito rigorosos na maneira como o endereçamos, porque ele tem um impacto material na expectativa dos nossos investidores.”