Agosto Verde Claro: entenda o câncer que atinge o sistema imunológico

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Foto: Divulgação.

O laço verde claro, durante o mês de agosto, alerta a população sobre o diagnóstico do linfoma, uma forma de câncer do sistema hematológico. Existem mais de 80 tipos de linfomas, cada qual com características fisiopatológicas, epidemiologia, apresentação clínica e tratamento próprios. Dr. Fernando Michielin Alves, médico hematologista do IOP (Instituto de Oncologia do Paraná), explica algumas características da doença:

 

Causas – Tem origem em diversos estágios evolutivos dos linfócitos, células integrantes do sistema imunológico. As características da célula de origem, por sua vez, guardam grande relação com o comportamento da doença em si. Pode se desenvolver em diversos órgãos do corpo humano, desde os linfonodos, a representação clássica da doença, até os sistemas gastrointestinal, respiratório e sistema nervoso central.

 

Como câncer, trata-se por definição de uma doença genética, resultante do acúmulo de diversas mutações no decorrer da vida. Entretanto, fatores ambientais como tabagismo, infecções por bactérias (Helicobacter pylori, algumas espécies de Borrelia e Chlamidya), pelos vírus Epstein Barr, HIV, ou da hepatite C e fatores pessoais como obesidade e presença de doenças autoimunes, podendo ser representadas por artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e síndrome de Sjögren, também são reconhecidos enquanto fatores de risco para o desenvolvimento de linfomas.

 

Tipos – Existem dois grandes grupos, os linfomas de Hodgkin, que correspondem a aproximadamente 10% dos linfomas, e os linfomas não Hodgkin, responsáveis pelo restante dos casos, com diferenças bastante importantes em termos de comportamento e tratamento.

 

Os linfomas não Hodgkin tendem a acometer, em sua maioria, pacientes acima dos 60 anos, enquanto os linfomas de Hodgkin podem se manifestar por volta dos 30 anos de idade. No Brasil, entre 2010 e 2020, segundo estudo realizado pelo Observatório de Oncologia, foram registrados 91.468 casos de linfoma, 74% dos quais linfomas não Hodgkin e 55% em homens.

 

Sintomas – A suspeita da doença costuma surgir a partir do aumento de linfonodos pelo corpo, podendo ou não, estar associada a sintomas como febre recorrente (temperatura acima de 37,8°C) não associada a um evento infeccioso, perda de peso não intencional, sudorese noturna, fraqueza, entre outros. Tanto médicos atuantes na atenção primária quanto aqueles pertencentes às mais diversas especialidades, não apenas hematologistas, podem figurar como o primeiro contato do paciente com sintomas suspeitos.

 

O diagnóstico de um linfoma costuma ser um grande desafio por conta da heterogeneidade da doença. Pode envolver desde a retirada completa de um linfonodo suspeito em alguma área acessível até a biópsia de medula óssea. Frequentemente são necessários diversos processos de patologia para a definição diagnóstica final. Por essa razão, é extremamente importante um bom fluxo de informações entre médicos hematologistas, cirurgiões (executores de biópsias excisionais), radiologista intervencionistas (realizam biópsias por punção de linfonodos profundos), patologistas e equipes envolvidas em processos de citometria de fluxo, que podem reduzir muito o tempo até o diagnóstico. Também vale ressaltar a relevância cada vez maior da avaliação de fatores genéticos para auxílio do diagnóstico.

 

Tratamento – A definição do tratamento depende do diagnóstico final da doença (tipo de linfoma), do local envolvido bem como da idade e funcionalidade do paciente. Pode-se contemplar desde o objetivo de cura, com a eliminação completa da doença, até o controle da progressão da doença e sintomas, tolerando-se a presença da doença no paciente. Qualquer que seja o objetivo, entretanto, sempre se busca a qualidade de vida e segurança do paciente.  Podem ser envolvidos quimioterapia convencional associada, ou não, a imunoterapia, radioterapia e transplante de medula óssea.

 

Segundo o especialista, não se conhecem até o momento, formas de prevenção da doença, porém o diagnóstico precoce tem grande potencial de melhorar a probabilidade de resposta e tolerância ao tratamento. “As formas de redução do risco de desenvolvimento de linfomas são voltadas a estratégias de promoção de saúde como evitar o tabagismo, manutenção de uma rotina regular de atividades físicas, uso de preservativo, entre outras estratégias de manutenção da saúde”, complementa Dr. Fernando Michielin Alves.

 

Sobre o IOP – Instituto de Oncologia do Paraná:

 

Com quatro sedes estrategicamente localizadas em Curitiba (PR), o IOP (Instituto de Oncologia do Paraná) comemora seus 28 anos de fundação. Hoje a empresa faz parte de uma holding, o Grupo Med4U. Além do IOP, estão no guarda-chuva o Mantis Diagnósticos Avançados, o Valencis Centro de Paliativismo, o Centro de Pesquisas Clínicas IOP e o Oncoville, centro de radioterapia.

 

Destaques para a parceria com o Hospital Marcelino Champagnat, desde dezembro de 2021, assim como a parceria com o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Vale ressaltar que o IOP é a única clínica do sul do Brasil a fazer parte da Rede Einstein de Oncologia e Hematologia, para discussão de casos, troca de conhecimentos e encaminhamento de casos raros e mais complexos quando necessário.

 

Com 87 médicos no corpo clínico e 184 colaboradores, o IOP oferece os mais avançados tratamentos no câncer, conjugando Medicina de qualidade, tecnologia e humanização. Conta ainda com uma equipe multidisciplinar, incluindo Nutrição, Psicologia, Enfermagem e Farmácia para o enfrentamento positivo da doença. Os tratamentos de ponta ainda são beneficiados com diferenciais como cromoterapia, aromaterapia e musicoterapia.

 

 

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