França e países vizinhos criam defesa contra drones russos

Após uma série de incursões russas no espaço aéreo dinamarquês, na noite de 26 de setembro de 2025, a França e outros países europeus decidiram criar um sistema de defesa chamado 'drone wall'. O projeto visa detectar e neutralizar drones hostis, sendo uma resposta à crescente ameaça russa. Drones associados à Rússia têm causado interrupções significativas, resultando em voos cancelados e passageiros afetados. O sistema será uma extensão do conceito de 'Baltic Drone Wall', incorporando tecnologias avançadas de guerra eletrônica e sensores múltiplos.

França e países europeus implementam defesa de drones após incursões russas.

Na noite de 26 de setembro de 2025, a Dinamarca sofreu a terceira noite consecutiva de incursões de drones russos, levando à decisão de países europeus, incluindo a França, de desenvolver um sistema de defesa conhecido como ‘drone wall’. Este movimento se dá em resposta a um aumento das atividades russas, com drones invadindo espaços aéreos da Polônia, Estônia, Romênia e Dinamarca. O objetivo do ‘drone wall’ é criar um sistema operacional transfronteiriço destinado a detectar e neutralizar drones hostis, com a expectativa de que os ataques russos não diminuam.

O impacto das incursões de drones

Os drones russos têm causado sérios transtornos, levando ao cancelamento de 100 voos e deixando 20 mil passageiros em apuros. Relatos indicam mais de 500 possíveis avistamentos de drones russos nas proximidades dos aeroportos dinamarqueses. O aumento das atividades hostis é atribuído à presença de um navio de guerra russo ao largo da costa dinamarquesa, o que intensificou o pânico entre os cidadãos.

A tecnologia por trás do ‘drone wall’

O projeto ‘drone wall’ expande o conceito já existente do Baltic Drone Wall, que inclui sistemas de guerra eletrônica e sensores em múltiplas camadas. A eficácia dos sistemas de defesa está sendo aprimorada com tecnologias de inteligência artificial, permitindo o rastreamento e a neutralização de alvos aéreos de alta velocidade que podem evitar os sistemas de defesa convencional. A Letônia, considerada um centro de inovação em tecnologia de drones, está colaborando com o Reino Unido no desenvolvimento de novas soluções para combater essas ameaças.

Reação internacional

Apesar das repetidas incursões, a Dinamarca optou por não invocar o Artigo 4 da OTAN, que convoca os membros a discutir a defesa coletiva. A situação é complexa, com países como Polônia e Estônia já ativando o Artigo 4 em resposta a provocações, refletindo um debate mais amplo sobre a segurança na região. A União Europeia está trabalhando em um roteiro detalhado para a implementação do ‘drone wall’, visando um sistema de defesa mais robusto e eficiente.

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