Crescimento de árvores gigantes na Amazônia e seus impactos

Estudo revela que árvores estão se expandindo em resposta a CO2

Um estudo recente indica que as árvores gigantes da Amazônia estão crescendo e se multiplicando, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.

Na Amazônia, um estudo recente revelou que as árvores gigantes estão crescendo e se multiplicando, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas. Com um aumento de 3,3% no número de grandes árvores a cada década, os cientistas analisaram 188 parcelas florestais intactas ao longo de 30 anos. A pesquisa, liderada por quase 100 pesquisadores de 60 universidades, foi divulgada na revista “Nature Plants”.

Impactos do aumento de CO2

Os autores do estudo atribuem esse crescimento ao aumento do dióxido de carbono na atmosfera devido à queima de combustíveis fósseis. Apesar dos sinais de resiliência, especialistas alertam que as árvores ainda estão vulneráveis a secas, incêndios e desmatamento, que continuam a ameaçar a floresta. Adriane Esquivel-Muelbert, uma das autoras do estudo, destacou que, enquanto as árvores estão aumentando em tamanho e número, a previsão sobre os impactos a longo prazo das mudanças climáticas ainda é incerta.

Riscos associados ao desmatamento

Os pesquisadores enfatizam que, embora a floresta amazônica funcione como um sumidouro de carbono, a sua capacidade de compensar as emissões globais de CO2 está em risco. O aumento da temperatura e a perda de áreas florestais intactas podem levar à transição de 10% a 47% da paisagem amazônica para um estado diferente até 2050, caso não sejam tomadas medidas drásticas contra o aquecimento global e as taxas de desmatamento.

Necessidade de preservação

O Congresso do Brasil aprovou em 2023 um projeto de lei que relaxa as licenças ambientais para a construção de uma rodovia no coração da Amazônia, o que pode acelerar a degradação das áreas florestais. Essa perda poderia transformar a Amazônia de um importante sumidouro de carbono em uma fonte de emissões, agravando ainda mais as mudanças climáticas. A pesquisa, portanto, ressalta a urgência de proteger as florestas intactas para garantir a saúde do ecossistema e a estabilidade climática.

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