Novas diretrizes de biossegurança para suinocultura em Santa Catarina

Regras visam padronizar boas práticas nas granjas

A Secretaria de Agricultura e Pecuária de Santa Catarina lançou novas regras de biossegurança para a suinocultura, que começam a valer em 60 dias.

A Secretaria de Agricultura e Pecuária de Santa Catarina e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola do estado (Cidasc) publicaram, em 8 de setembro, a Portaria Sape nº 50/2025. A medida estabelece novas diretrizes de biossegurança para a suinocultura comercial no estado.

O objetivo da portaria é padronizar boas práticas nas granjas por meio de regras obrigatórias que incluem desde o controle de acesso e higiene até melhorias estruturais, como a destinação adequada dos dejetos. As exigências começam a valer em 60 dias e, para granjas já em funcionamento, os prazos de adaptação variam entre 12 e 24 meses, de acordo com as necessidades de cada propriedade.

Avanços na biossegurança

Segundo o secretário de Agricultura e Pecuária do estado, Carlos Chiodini, a iniciativa representa um avanço importante. “Santa Catarina já é reconhecida como o estado com melhor sanidade do Brasil. O Japão, por exemplo, só importa carne suína do nosso estado. No entanto, ainda faltava essa regulamentação específica”, afirmou.

Apoio aos pequenos produtores

Para apoiar os pequenos produtores na adequação às novas exigências, o governo estadual lançou o programa Biosseguridade Animal SC, que oferece financiamentos de até R$ 70 mil por granja. A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, explica que o programa é voltado a suinocultores com dificuldade financeira para cumprir os padrões exigidos.

Responsabilidade ampliada

Com a nova portaria, a responsabilidade pela biossegurança se estende também aos produtores independentes, e não apenas às integradoras e cooperativas. “Santa Catarina é berço da agroindústria, com empresas de renome nacional e internacional. Mas também temos suinocultores vinculados à Associação Catarinense de Criadores de Suínos, que atuam de forma independente”, completou.

Destaques do setor

A excelência sanitária é um dos principais diferenciais da suinocultura catarinense. Em 2024, o estado exportou carne suína para 78 países, movimentando US$ 1,7 bilhão, com destaque para o mercado asiático.

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