A demanda por soja e o desmatamento na Amazônia

Pressão sobre a Moratória da Soja cresce diante do aumento na produção

A crescente demanda por soja leva agricultores a avançar na Amazônia, desafiando a Moratória da Soja.

A crescente demanda por soja está levando agricultores a avançar na Amazônia, desafiando a Moratória da Soja, que proíbe a compra da oleaginosa cultivada em terras desmatadas. O apetite mundial por soja impulsiona a produção em regiões anteriormente intocadas, enquanto o governo brasileiro investiga as implicações desse crescimento em relação às suas metas climáticas.

A pressão sobre a Moratória da Soja

Desde que foi instituída em 2006, a Moratória da Soja visa proteger a floresta tropical, mas atualmente enfrenta críticas de setores agrícolas que alegam que ela restringe a expansão da produção. Com a demanda internacional, especialmente da China, aumentando, a pressão para reavaliar essa moratória se intensifica.

O impacto do desmatamento

Desde 2019, cerca de 1,38 milhão de hectares de floresta foram desmatados nos estados do Amazonas, Acre e Rondônia. A expansão do cultivo de soja nessas áreas, muitas vezes em terras que anteriormente eram utilizadas para pastagem, levanta preocupações sobre a legalidade e a sustentabilidade das práticas agrícolas.

O que está em jogo

A Moratória da Soja representa um dos primeiros grandes acordos voluntários de suprimento vinculando a agricultura à proteção ambiental. No entanto, com o aumento das tensões entre agricultores e ambientalistas, o futuro da moratória e da proteção da Amazônia permanece incerto, especialmente com o Brasil se preparando para a cúpula climática COP-30 em Belém, onde o desmatamento será um tema crucial.

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