Faraó dos Bitcoins segue em penitenciária federal

Glaidson Acácio dos Santos foi transferido para Bangu I para audiências

Glaidson Acácio dos Santos, o 'Faraó dos Bitcoins', foi transferido para o Presídio Bangu I para audiências. Ele permanecerá no sistema federal de segurança máxima.

Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, foi transferido para o Presídio Laércio da Costa Pellegrino, conhecido como Bangu I, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (29 de setembro). A decisão da Justiça garante que ele permaneça em um sistema penitenciário federal de segurança máxima, devido ao seu alto potencial para desestabilizar o sistema penitenciário estadual, conforme informado por seu advogado, Thiago de Souza Cardoso Lemos. Glaidson deve comparecer a audiências nos dias 7, 8 e 9 de outubro.

Decisões judiciais e argumentos do Ministério Público

A 3ª Vara Criminal Federal do Rio já havia determinado o retorno de Glaidson para participar das audiências, mas a decisão foi contestada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que expediu uma nova decisão para que ele permanecesse em penitenciária federal. No entanto, prevaleceu a primeira decisão. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) argumentou que Glaidson deve permanecer no sistema federal até 25 de janeiro de 2027, devido a sua liderança em uma organização criminosa envolvida em fraudes financeiras e homicídios.

Impactos da transferência e movimentações financeiras

O relatório do MPRJ destaca que Glaidson recebeu 36 atendimentos jurídicos e 48 visitas sociais em 2024, além de movimentar cerca de R$ 38 bilhões no Brasil e no exterior. Essa quantia demonstra seu alto poder financeiro e representa um risco significativo para a segurança pública fluminense. Ele também enfrentará acusações relacionadas a homicídios ocorridos em 2022 na Região dos Lagos.

Contexto da prisão

Conhecido como o “Faraó dos Bitcoins”, Glaidson foi preso em 2021 durante a Operação Kryptos, que investigou fraudes financeiras. Suas atividades no mercado de criptomoedas levantaram preocupações sobre a corrupção de agentes públicos e a segurança geral da sociedade.

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