Mercado enfrenta queda nos preços enquanto Argentina avança na exportação
O mercado brasileiro de soja encerrou a semana em baixa, com preços recuando e pressão da Argentina sobre as cotações em Chicago.
O mercado brasileiro de soja encerrou a semana em baixa, acompanhando a pressão da Argentina sobre os preços. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 134,00 para R$ 130,00, enquanto em Cascavel (PR) o preço recuou de R$ 134,50 para R$ 130,00. Na CBOT, os contratos de novembro perderam 1,37%, encerrando a semana em torno de US$ 10,11 ½ por bushel.
Impactos do cenário internacional
A valorização do dólar, que se manteve entre R$ 5,30 e R$ 5,35, não foi capaz de estimular novas vendas por parte dos produtores. Além disso, a colheita avança sem contratempos nos Estados Unidos, consolidando a expectativa de uma safra cheia em um mercado já bem ofertado. A demanda da China pela soja americana permanece estagnada, priorizando o produto sul-americano.
Movimentos da Argentina no mercado
O governo argentino retirou temporariamente as retenções à soja, atraindo divisas. Estima-se que os chineses tenham programado a compra de pelo menos 40 cargas de soja argentina, o que pressionou ainda mais as cotações em Chicago e refletiu no Brasil. A taxa de exportação foi retomada com a medida, que teve sucesso em atingir a meta de ingresso de dólares em apenas três dias.
Expectativas para o futuro
No radar dos agentes de mercado está o relatório trimestral do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a ser divulgado na terça-feira (30), às 13h. Analistas projetam estoques norte-americanos de soja em 322 milhões de bushels na posição de 1º de setembro, abaixo dos 342 milhões registrados no mesmo período de 2024.