Acordo comercial com Trump pode afetar a economia da Coreia do Sul

Medidas podem levar a uma crise financeira semelhante a de 1997

O acordo de $350 bilhões entre a Coreia do Sul e os EUA pode gerar instabilidades financeiras, segundo autoridades coreanas.

A exigência do presidente Donald Trump para que a Coreia do Sul transfira $350 bilhões em dinheiro pode devastar os mercados financeiros e a economia do país, segundo o presidente Lee Jae Myung. O acordo prevê investimentos significativos em projetos nos EUA, porém, as negociações atuais aumentaram as tensões entre as duas nações.

A situação atual

Em julho, a Coreia do Sul concordou em investir $350 bilhões nos EUA, em troca de uma tarifa de 15%. Contudo, detalhes cruciais do acordo não foram definidos, e as autoridades coreanas alertam que a transferência imediata exigida por Trump poderia levar a uma crise financeira semelhante à de 1997. Lee Jae Myung enfatizou que a falta de um swap de moeda resultaria em uma instabilidade severa no mercado.

Comparação com o Japão

A Coreia do Sul possui reservas de câmbio de $410 bilhões, em contraste com o Japão, que tem mais que o dobro, totalizando $1,3 trilhões. Além disso, a moeda japonesa tem uma participação de 17% no mercado global, enquanto o won representa apenas 2%. Essa diferença levanta preocupações sobre a viabilidade do acordo proposto por Trump, que insiste na necessidade de pagamento “upfront”.

Reação à pressão dos EUA

A constante pressão dos EUA e a recente operação de imigração que resultou na prisão de trabalhadores coreanos em uma fábrica da Hyundai na Geórgia aumentaram a tensão nas relações bilaterais. A situação levou a um sentimento de indignação na Coreia do Sul, especialmente após uma visita que parecia ter sido bem-sucedida entre os líderes. Apesar das dificuldades, Lee Jae Myung não atribui culpa a Trump, buscando manter um diálogo construtivo com a administração americana.

A necessidade de um entendimento claro e mútuo é crucial para evitar uma crise financeira e manter a estabilidade econômica na região.

PUBLICIDADE

Relacionadas: