Relatório da União Europeia revela a gravidade da situação
Relatório da União Europeia aponta que a mudança climática, perda de biodiversidade e poluição afetam todos os oceanos do mundo.
Na Europa, um novo relatório da União Europeia, intitulado Estado dos Oceanos, revela uma crise ambiental sem precedentes, afetando todos os oceanos do mundo. Mudança climática, perda de biodiversidade e poluição estão em níveis alarmantes, com consequências diretas para ecossistemas, produção de alimentos e a economia global.
A gravidade da situação
Os oceanos estão se aquecendo de maneira acelerada, com recordes de ondas de calor marinha registrados em 2023 e 2024. O aumento do nível do mar também ameaça várias regiões, com 228 milímetros de elevação desde 1901. A acidificação dos oceanos compromete a vida marinha, enquanto espécies invasoras prejudicam a pesca em várias localidades. Além disso, a poluição por plásticos chegou a níveis globais alarmantes.
Alertas dos especialistas
Pierre Bahurel, diretor do Mercator Ocean International, enfatiza que os limites do planeta estão sendo ultrapassados. A temperatura da superfície dos oceanos alcançou 21°C na primavera de 2024, um recorde histórico. Karina von Schuckmann, coordenadora do relatório, explica que as emissões de gases de efeito estufa desequilibram o sistema energético da Terra, resultando em acúmulo de calor.
Consequências para a vida marinha
As consequências do aquecimento global são visíveis. Os corais, essenciais para a biodiversidade marinha, enfrentam pressões combinadas de aquecimento, acidificação e poluição. A perda de biodiversidade impacta espécies icônicas, como o atum, e afeta toda a cadeia alimentar. A proliferação de espécies invasoras, como um tipo de siri na foz do rio Pó, está inviabilizando a pesca em áreas críticas.
A resposta global
O relatório conclui que a ciência é clara: o oceano está mudando rapidamente, e a necessidade de restaurar o equilíbrio entre as atividades humanas e o meio ambiente é urgente. Os impactos da crise climática nos oceanos não podem ser ignorados, e a ação coordenada é necessária para mitigar esses efeitos.