O PP pressiona o ministro dos Esportes, André Fufuca, para deixar o cargo até o dia 5 de outubro. A decisão surge após uma determinação do partido e do União Brasil, que exigiu a saída de filiados que ocupam cargos no governo federal. Fufuca, que é próximo ao senador Ciro Nogueira, indicou que seguirá a orientação da legenda. Enquanto isso, o ministro do Turismo, Celso Sabino, também anunciou sua saída, mas permanecerá no cargo até quinta-feira. A relação entre Lula e os partidos do Centrão se deteriora com essas movimentações.

O PP espera que o ministro dos Esportes, André Fufuca, deixe o cargo até o dia 5 de outubro, em meio a pressões políticas.

O PP tem a expectativa de que o ministro dos Esportes, André Fufuca, saia do cargo no governo federal até o próximo domingo, dia 5 de outubro. A legenda e o União Brasil decidiram no início de setembro dar um prazo de um mês para que todos os filiados com cargos ligados ao Poder Executivo se desliguem das suas funções, sob pena de expulsão das legendas. Fufuca, deputado licenciado pelo PP do Maranhão, apoia a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas é considerado próximo do senador Ciro Nogueira (PI).

Situação dos ministros

Fufuca conversou com Nogueira sobre a decisão do PP e indicou que deixará o ministério até o prazo estipulado. O União Brasil, por sua vez, antecipou a saída de seus membros para a sexta-feira da semana passada. O ministro do Turismo, Celso Sabino, já informou a Lula que pedirá demissão, mas permanecerá na pasta até a próxima quinta-feira. Sabino busca indicar Ana Carla Machado Lopes como sua sucessora, em meio a disputas internas com o PT e o PDT.

Conflitos internos

A pressão sobre os ministros do governo Lula ocorre em um contexto de notícias que associam Antonio Rueda, presidente do União Brasil, ao crime organizado. Rueda negou qualquer vínculo com investigações e emitiu uma nota de solidariedade. A relação entre Lula e os partidos do Centrão, incluindo o PP, se mostrou conturbada, especialmente após declarações do presidente sobre descontentamentos com Rueda e Nogueira em reuniões ministeriais. A movimentação política dos partidos reflete a tentativa de Lula de manter a governabilidade em meio a tensões internas.