Queda de avião resultou na morte de arquiteto e cineastas

Polícia Civil de MS divulgou causas do acidente que matou arquiteto e cineastas em Aquidauana.

Causas do acidente aéreo no Pantanal

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul apontou as causas do acidente aéreo que vitimou o arquiteto e urbanista chinês Kongjian Yu, além de dois documentaristas brasileiros, Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e Rubens Crispim Jr. e do piloto Marcelo Pereira. O caso aconteceu na noite da última terça-feira, 23, na região rural de Aquidauana (MS), no Pantanal sul-mato-grossense.
Conforme relato preliminar apresentado no Painel Sipaer, plataforma desenvolvida pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira, que reúne dados sobre acidentes aéreos no Brasil, o avião com as vítimas tinha como destino o aeródromo Fazenda Barra Mansa, Aquidauana. No entanto, durante a aproximação para pouso, “houve a colisão da aeronave com árvores e posteriormente contra o solo”, informou o Cenipa.

Fatos relevantes sobre o acidente

• A aeronave, um Cessna 175, tentou pousar fora do horário permitido, às 18h03, sem visibilidade.
• O piloto arremeteu na primeira tentativa, mas na segunda, colidiu com uma árvore de cerca de 20 metros a aproximadamente 300 metros da cabeceira da pista.
• As quatro vítimas estavam reunidas para gravar um documentário sobre o Pantanal, que era um sonho do arquiteto.

Informações adicionais sobre a aeronave

A aeronave Cessna prefixo PT-BAN não tinha autorização para operar como táxi aéreo, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Fabricado em 1958, o avião foi adquirido em 2015 pelo piloto Marcelo Pereira, que também morreu no acidente. A aeronave estava habilitada apenas para operação diurna e seu Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) tinha validade até 9 de dezembro. Em 2019, ela havia sido apreendida por transporte irregular de turistas.

Consequências e desdobramentos

Após o falecimento de Marcelo, a ação judicial relacionada ao seu caso será extinta, conforme informado pelo advogado Djalma Silveira, que defendeu o piloto no passado. O acidente levanta questões sobre a segurança em voos na região, especialmente em relação a operações irregulares e a necessidade de fiscalização mais rigorosa.

O caso gerou comoção e reflexões sobre a importância da segurança aérea, especialmente em áreas remotas como o Pantanal.