Uma nova esperança para mulheres com problemas de fertilidade
Cientistas da Oregon Health & Science University criaram óvulos fertilizáveis a partir de células da pele humana, um avanço significativo para a fertilidade.
Pesquisadores da Oregon Health & Science University anunciaram um avanço significativo na fertilidade ao conseguirem criar óvulos a partir de células da pele. Essa descoberta representa uma nova esperança para mulheres que enfrentam dificuldades para engravidar devido à perda de óvulos. Segundo o professor Richard Anderson, da Universidade de Edimburgo, muitas mulheres perdem seus óvulos por diversos motivos, incluindo tratamentos de câncer, e a capacidade de gerar novos óvulos seria um avanço importante para a medicina reprodutiva.
Números e indicadores do caso
A equipe de pesquisa desenvolveu um processo chamado “mitomeiose”, que simula a divisão celular natural e remove um conjunto de cromossomos, resultando em óvulos funcionais. Durante os testes, os cientistas conseguiram produzir 82 óvulos funcionais, dos quais aproximadamente 9% se desenvolveram até a fase de blastocisto, uma etapa crucial antes da implantacão no útero. Essa técnica ainda precisa ser validada em humanos, mas já representa um grande passo na compreensão da fertilidade e das opções disponíveis para mulheres com problemas reprodutivos.
Implicações e próximos passos
Embora os resultados sejam promissores, vários desafios permanecem. A maioria dos óvulos (91%) não progrediu além da fertilização, e alguns blastocistos apresentaram anomalias cromossômicas. Especialistas alertam que, embora a pesquisa seja uma prova de conceito animadora, o trabalho em laboratório está apenas começando e mais estudos são necessários para confirmar a segurança e eficácia da técnica em humanos.
O que isso significa para o futuro da fertilidade
Este avanço pode transformar a vida de muitas mulheres que não podem usar seus próprios óvulos devido à idade ou condições médicas. A pesquisa intensificada nessa área poderia possibilitar a criação de células reprodutivas a partir de células somáticas, abrindo novas possibilidades para a fertilidade e a saúde reprodutiva feminina no futuro.