Operação Atlas envolve 10 mil militares e equipamentos pesados
As Forças Armadas do Brasil realizam um treinamento de guerra na Amazônia entre 2 e 11 de outubro, envolvendo 10 mil militares e diversos equipamentos.
Entre os dias 2 e 11 de outubro, as Forças Armadas do Brasil realizam um treinamento de guerra na região da Amazônia, envolvendo cerca de 10 mil militares, sistemas de mísseis, caças, blindados e navios. O exercício, chamado Operação Atlas, ocorre nos estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, com o intuito de simular um cenário de guerra da forma mais realista possível, testando o preparo das Forças Armadas para a defesa da Amazônia e da soberania nacional.
Contexto e objetivos do treinamento
A região amazônica é considerada estratégica e frequentemente alvo de espionagem internacional e atividades do crime organizado, incluindo o tráfico de drogas. Diante das tensões entre a Venezuela e a Guiana relacionadas à disputa territorial por Essequibo, as Forças Armadas brasileiras têm reforçado a presença de tropas na área, enviando 28 blindados para Roraima. Nesse cenário, o Ministério da Defesa busca treinar a interoperabilidade entre Marinha, Exército e Aeronáutica, essencial para manter o diferencial das tropas brasileiras em ambientes adversos.
Recursos e logística
Para a realização da operação, serão utilizados mais de 40 blindados, 434 viaturas, nove helicópteros e 3.600 militares apenas do Exército. A logística inclui o transporte de viaturas do Rio Grande do Sul a Roraima, uma distância equivalente a cruzar toda a Europa. Os equipamentos destacados para a operação incluem blindados VTE Leopard, o sistema de foguetes Astros, e aeronaves como os aviões de ataque AMX A-1M e A-29 Super Tucano. A Marinha participa com o Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico”, que transporta 1.044 militares e 700 toneladas de equipamentos.
Exercícios de segurança cibernética
Além das manobras terrestres, aéreas e navais, a Operação Atlas também inclui exercícios de segurança cibernética, demonstrando a abrangência e modernidade da preparação militar brasileira. A operação ocorre em um momento estratégico, com a realização da COP30 prevista para novembro em Belém, que reunirá delegações de mais de 60 países.