Trump pode ajudar a estabilizar a economia da Argentina?

A crise financeira e a promessa de apoio dos EUA em meio à turbulência política

O apoio de Donald Trump à Argentina pode ser crucial em um momento de crise. A economia do país enfrenta uma queda acentuada no valor do peso e descontentamento popular.

Na última terça-feira (24), em Nova York, o presidente dos EUA, Donald Trump, elogiou o presidente argentino Javier Milei, prometendo apoio para estabilizar a economia do país em crise. O peso argentino sofreu uma desvalorização significativa, caindo mais de 6% em um único dia, levando o governo a vender dólares para tentar conter a queda.

A crise econômica da Argentina

Javier Milei, um outsider político, conquistou a presidência em 2023 ao prometer a cura para a inflação desenfreada e uma economia em crise. Com 40% da população vivendo na pobreza, o país enfrenta sua sexta recessão em uma década. Embora a inflação tenha caído de 211% para 37% sob sua administração, o desemprego e a insatisfação popular estão em alta, refletindo uma queda nas taxas de aprovação de Milei.

Apoio dos EUA e suas implicações

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, prometeu uma intervenção significativa para estabilizar a moeda argentina, o que inclui a possibilidade de comprar títulos do governo argentino. Isso ocorre em um contexto onde o governo argentino precisa encontrar $10 bilhões para pagamentos de dívidas ao FMI em 2026, complicando ainda mais a situação financeira.

Futuro incerto e riscos de inflação

Enquanto o apoio financeiro dos EUA pode fornecer um alívio temporário, especialistas alertam que a situação ainda é volátil. A possibilidade de um ajuste no esquema de câmbio após as eleições de outubro é real, e se Milei não se sair bem nas votações, a pressão sobre a economia pode aumentar significativamente.
O futuro da economia argentina está em uma encruzilhada, e a intervenção dos EUA pode ser o fator decisivo para a estabilidade do governo Milei.

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