Acordo reflete a rendição das grandes empresas de tecnologia
YouTube paga US$ 24,5 milhões a Donald Trump após a suspensão de seu canal. O acordo levanta questões sobre a responsabilidade das plataformas.
Nesta semana, YouTube, plataforma pertencente ao Google, concordou em desembolsar US$ 24,5 milhões para resolver um processo movido por Donald Trump, que ocorreu após a suspensão de seu canal seis dias após os tumultos de 6 de janeiro no Capitólio. O acordo destina US$ 22 milhões ao Trust for the National Mall, uma organização sem fins lucrativos que arrecada fundos para uma nova adição à Casa Branca.
O impacto financeiro do acordo
O valor pago por YouTube é apenas uma fração em comparação aos seus ganhos diários, que ultrapassam US$ 107 milhões em receita publicitária. No entanto, a decisão de pagar a Trump ilustra a rendição das empresas de tecnologia a pressões externas, levantando questões sobre a responsabilidade na moderação de conteúdo. Juntas, YouTube, Meta e X já desembolsaram US$ 59,5 milhões a Trump e seus associados, refletindo uma tendência de capitulação.
A mudança de postura das plataformas
As ações de YouTube, Meta e X sugerem uma mudança em suas políticas de moderação, com um retorno à liberdade de expressão. Em uma recente declaração, YouTube afirmou que valoriza as vozes conservadoras e reconhece o papel desses criadores no discurso cívico. Essa flexibilização nas regras de conteúdo vem à tona em um contexto onde falsidades sobre as eleições de 2020 e vacinas estão se tornando pilares ideológicos.
O papel da moderação de conteúdo
As decisões de moderação nas plataformas de Big Tech têm sido cada vez mais difíceis, exigindo um equilíbrio delicado entre liberdade de expressão e combate à desinformação. O trabalho de moderadores é complexo e pode expor esses profissionais a conteúdos perturbadores. A recente capitulação das plataformas a Trump reflete não só uma busca por evitar conflitos, mas também um reconhecimento da responsabilidade que as empresas têm em suas decisões editorial.
A rendição das grandes empresas de tecnologia ao ex-presidente é vista como cínica e covarde, mas ao mesmo tempo, reflete um alinhamento mais amplo entre as plataformas e o movimento MAGA.