Falsificação de bebidas: 1 em cada 5 destilados no Brasil

Estudo revela impacto do mercado ilegal de bebidas no país

Estudo revela que 1 em cada 5 destilados vendidos no Brasil é falsificado, com impactos significativos na saúde e na economia.

Na pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), estima-se que 1 em cada 5 garrafas de uísque ou vodca comercializadas no Brasil é falsificada. A análise indica que 36% das bebidas vendidas no país são falsas, adulteradas ou contrabandeadas, um fenômeno que gera graves impactos na saúde pública e na economia.

Números alarmantes

O estudo, encomendado pela ABBD, revela que o mercado ilegal de álcool no Brasil causou um prejuízo estimado de R$ 28 bilhões em 2024, incluindo perdas de arrecadação tributária e os custos para o sistema de saúde decorrentes de intoxicações. De acordo com a pesquisa, 28% das bebidas destiladas são alvo de crimes como contrabando e falsificação. Além disso, os produtos falsificados têm um preço médio 35% inferior ao original, tornando-os atraentes para os consumidores.

Métodos de falsificação

Os métodos mais comuns de falsificação incluem o “refil” de garrafas de marcas conhecidas com bebidas de baixo custo e a utilização de álcool impróprio para consumo humano, o que representa um risco significativo à saúde dos consumidores. A ABBD destaca que o crime organizado tem se estruturado para controlar várias etapas do processo de produção e distribuição de bebidas falsificadas.

Desafios para a fiscalização

Apesar de uma redução de cerca de 25% no contrabando de bebidas alcoólicas em 2024, atribuída à valorização do dólar e à eficiência das fiscalizações, a dificuldade de controlar o mercado ilegal persiste. As redes criminosas estão cada vez mais sofisticadas e se aproveitam dos canais de venda informais e digitais para distribuir produtos falsificados, impactando negativamente a indústria legal.

Casos de intoxicação por metanol

Recentemente, o estado de São Paulo registrou casos de intoxicação por metanol, uma substância tóxica que pode causar cegueira e morte. A Secretaria Estadual de Saúde confirmou 37 casos de intoxicação, com 6 óbitos relacionados. A investigação da Polícia Civil e da Polícia Federal busca identificar a origem dessas bebidas e desmantelar as redes de distribuição.

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