Nove embarcações da flotilha de ajuda interceptadas por israelenses

Intervenção da marinha israelense ocorreu durante tentativa de entregar ajuda a Gaza

A marinha israelense interceptou uma flotilha de ajuda a Gaza formada por 50 embarcações e 500 ativistas, incluindo Greta Thunberg.

Na quarta-feira, a marinha israelense interceptou uma flotilha de ajuda a Gaza, que incluía cerca de 50 embarcações e 500 ativistas, entre eles a ativista ambiental Greta Thunberg. A ação foi amplamente monitorada por meio de postagens nas redes sociais e ocorreu em um contexto de crescente tensão na região.

Intercepção e danos às comunicações

Os ativistas relataram que, antes de abordarem as embarcações, a marinha israelense danificou intencionalmente as comunicações dos barcos, tentando bloquear sinais de socorro e impedir a transmissão ao vivo do momento da abordagem. Nove embarcações foram confirmadas como interceptadas até o início da manhã de quinta-feira, enquanto a comunicação com outras embarcações foi perdida. O grupo de ativistas, denominado Global Sumud Flotilla, planejava entregar pacotes de ajuda e desafiar o bloqueio naval imposto por Israel.

A resposta de Israel

O Ministério das Relações Exteriores de Israel declarou que a flotilha tinha como único objetivo provocar e reiterou que qualquer ajuda poderia ser transferida de forma segura através de canais apropriados. A marinha israelense alertou que as embarcações estavam se aproximando de uma zona de combate ativa, violando um bloqueio naval legal. A situação se complica ainda mais com a escalada das hostilidades em Gaza, onde as forças israelenses intensificaram os ataques após os eventos de 7 de outubro de 2023, que resultaram em cerca de 1.200 mortes e 250 sequestrados.

Repercussões e preocupações sobre detenções

A ativista Miriam Azem, coordenadora de advocacia internacional da Adalah, expressou preocupações sobre a possibilidade de detenções prolongadas para os ativistas da flotilha. No passado, aqueles detidos em tentativas de quebrar o bloqueio foram soltos em poucos dias, mas a atual situação pode ser diferente, dada a escala e a natureza do evento. Azem destacou que as ameaças feitas por autoridades israelenses são preocupantes, embora não tenham base substancial.

Um cenário em evolução

A flotilha estava navegando em águas internacionais ao norte do Egito quando foi interceptada e entrou em uma área considerada de alto risco. Embora ainda estivessem em águas internacionais, autoridades israelenses já haviam interrompido outras embarcações nessa região no passado. O desdobramento das ações da marinha israelense e a resposta dos ativistas continuam a se desenvolver, com a situação ainda em aberto.

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