A Polícia Federal (PF) indiciou 13 pessoas em uma investigação sobre lavagem de dinheiro realizada em postos de combustíveis, ligando os indiciados ao PCC. A operação, chamada de "Tank", revelou que os postos analisados receberam mais de R$ 133 milhões em depósitos fracionados e que os investigados tentaram obstruir a Justiça ao fugir antes da operação. O relatório da PF, que possui 652 páginas, também sugere a prática de obstrução de Justiça durante o processo, com várias evidências de que os investigados foram avisados da operação com antecedência. O caso continua sob investigação, com a PF do Paraná dando seguimento para localizar os foragidos.
A Polícia Federal indiciou 13 pessoas na investigação sobre lavagem de dinheiro em postos de combustíveis ligados ao PCC.
A Polícia Federal (PF) indiciou 13 pessoas na investigação sobre uso de postos de combustíveis para lavagem de dinheiro, ligada ao PCC, na operação batizada de “Tank”, deflagrada no fim de agosto. Entre os indiciados estão Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como “Beto Louco”, e Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”. Todos foram indiciados por organização criminosa, lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
Números e indicadores do caso
O relatório da PF, que possui 652 páginas, revela que os postos investigados receberam ao menos R$ 133.775.341,42 em depósitos fracionados. Além disso, a PF constatou que a organização utilizou esquemas para dificultar o rastreamento dos recursos, o que inviabilizou a identificação de seus reais beneficiários. A investigação ainda continua, com o relatório enviado ao MPF para oferecimento de denúncia.
Obstrução da Justiça e fuga dos investigados
O relatório também destaca que os indiciados tentaram obstruir a Justiça e fugiram um dia antes da operação, quando 14 mandados de prisão foram cumpridos. A PF identificou indícios de que os investigados foram avisados sobre a operação, pois deixaram suas residências na véspera do cumprimento dos mandados, e alguns não retornaram mais. Informações de inteligência confirmaram que ao menos dois dos investigados discutiram estratégias para evitar a apreensão de seus celulares.
Consequências e próximos passos
Dos 14 alvos da operação, oito conseguiram fugir e estão na Difusão Vermelha da Interpol como foragidos internacionais. A investigação da PF do Paraná prossegue, e novas ações poderão ser adotadas para localizar os fugitivos e aprofundar as investigações sobre a organização criminosa.