O presidente Donald Trump declarou que os cartéis de drogas operando no Caribe são considerados combatentes ilegais, configurando os Estados Unidos em um "conflito armado não internacional". Após operações militares que resultaram em ataques a barcos de contrabando, o Congresso foi notificado sobre essa nova designação. A decisão gerou críticas, especialmente entre os democratas, que pedem que o presidente busque autorização do Congresso para tais ações. As operações têm levantado questões sobre o papel do Legislativo na autorização de ações militares.
Presidente Trump declarou cartéis de drogas do Caribe como combatentes ilegais; EUA enfrentam críticas sobre operações militares.
Washington, 2 de outubro de 2023 — O presidente Donald Trump declarou que os cartéis de drogas atuando no Caribe são combatentes ilegais; assim, os Estados Unidos estão em um “conflito armado não internacional”. Essa informação foi confirmada por um memorando da administração Trump obtido pela Associated Press.
O que motivou a declaração
A designação foi notificada ao Congresso por oficiais do Pentágono na quarta-feira, após a realização de três ataques mortais contra barcos de contrabando de drogas no mês anterior. Pelo menos dois desses ataques foram direcionados a embarcações que partiram da Venezuela. A falta de clareza sobre quais organizações terroristas são alvo das operações gerou frustração entre os legisladores.
Críticas e preocupações
A administração enfrenta críticas por conduzir uma possível “guerra secreta” sem a devida autorização do Congresso. A pressão sobre Trump para buscar uma autorização clara para o uso da força militar tem crescido, com senadores de ambos os partidos levantando objeções a essa nova abordagem legal. Muitos parlamentares argumentam que as ações militares não devem ser realizadas sem a aprovação legislativa.
Implicações futuras
A falta de uma lista clara de organizações designadas e as preocupações sobre o papel do Congresso neste cenário podem complicar ainda mais a situação. À medida que a administração prossegue com suas operações no Caribe, o debate sobre os limites do poder executivo em questões de segurança nacional continua a ser um tema central.