Crescimento de ataques de abelhas no Brasil e a ausência de antídoto

Os ataques de abelhas africanizadas no Brasil cresceram significativamente, com 34.260 casos registrados em 2024, resultando em 117 mortes, um aumento de 82% desde 2020. Especialistas apontam que a falta de um antídoto específico torna o tratamento complicado, focando apenas em cuidados de suporte. A pesquisa para desenvolver um antiveneno avança, mas ainda existem desafios a serem superados. A melhor prevenção continua sendo evitar áreas de risco.

Ataques de abelhas africanizadas aumentam no Brasil, revelando a falta de um antídoto específico.

Na manhã de 3 de outubro de 2025, dados do Ministério da Saúde revelaram que os ataques de abelhas africanizadas (Apis mellifera) aumentaram drasticamente no Brasil, com 34.260 episódios registrados em 2024, resultando em 117 mortes. Este crescimento representa um aumento de 82% em relação a 2020, quando 18.818 casos foram notificados. O médico-veterinário Rui Seabra Ferreira Júnior, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), destaca que esse fenômeno pode ser atribuído ao aumento na produção de mel e às mudanças climáticas que favoreceram a espécie em novas áreas.

Impacto dos ataques de abelhas

Os ataques de abelhas ocupam agora o terceiro lugar no ranking de envenenamentos por animais, superando até mesmo os casos de serpentes. De acordo com Ferreira Júnior, esse problema de saúde pública é frequentemente negligenciado. O tratamento para picadas é baseado em suporte, pois não existe antídoto específico, ao contrário de outros venenos de animais peçonhentos. O estudo publicado em setembro de 2024 na revista Frontiers in Immunology chamou a atenção para essa lacuna.

Desenvolvimento de um antiveneno

A pesquisa para desenvolver um antiveneno específico para abelhas tem avançado, mas enfrenta desafios. Um candidato, denominado antiveneno apílico, mostrou resultados promissores em um ensaio clínico, onde 20 pacientes apresentaram melhora após a administração do soro. No entanto, a proposta de um novo ensaio clínico de fase 3 está sendo avaliada pelo Ministério da Saúde, podendo levar à solicitação de registro na Anvisa.

Prevenção e cuidados

As pessoas que vivem próximas a áreas onde há colmeias são mais vulneráveis a ataques. Em caso de picadas, recomenda-se a remoção rápida dos ferrões e buscar atendimento médico se houver reações alérgicas ou sintomas graves. O socorro a vítimas de ataques deve ser feito com cautela para evitar mais feridos. A melhor maneira de prevenir complicações é evitar áreas com colmeias e acionar as autoridades competentes ao avistar uma.

A falta de um antídoto específico para veneno de abelha continua sendo uma preocupação, e a pesquisa em andamento pode, no futuro, oferecer soluções para este problema crescente.

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