CEO da Tesla manifestou descontentamento com conteúdo relacionado a questões de gênero em programas infantis, o que gerou debates e reações diversas.
Elon Musk critica a Netflix por conteúdos com temáticas de gênero em programas infantis, gerando discussões sobre a adequação de tais temas para o público jovem.
Elon Musk está novamente em campanha, desta vez contra a Netflix devido à inclusão de conteúdo relacionado a questões transgênero em programas infantis. No dia 2 de outubro, o CEO da Tesla anunciou o cancelamento de sua conta na Netflix, incentivando outros a boicotarem a plataforma. Até o momento, a investida de Musk resultou em uma queda de mais de 2% no valor das ações da empresa.
Nicole Russell, colunista do USA TODAY e mãe de quatro filhos, declarou que não o culpa, expressando seu descontentamento com a disseminação de conteúdo com temáticas de gênero ou sexualidade direcionado a crianças. A colunista argumenta que tais conteúdos são desnecessários e inapropriados para o público infantil. A polêmica teve início após a exibição de “Dead End: Paranormal Park”, uma série de animação baseada em uma graphic novel, que apresenta um personagem transgênero. A produção, que teve 20 episódios ao longo de duas temporadas em 2022, não foi renovada para uma terceira temporada, mas permanece disponível na plataforma, sendo classificada como TV-Y7, ou seja, recomendada para crianças a partir de sete anos.
Outra produção que gerou controvérsia foi “Transformers: Earthspark”, que em 2023 introduziu seu primeiro personagem não binário. Segundo a colunista, é incomum que crianças questionem sua identidade de gênero ou orientação sexual antes da puberdade. Um estudo de 2023 apontou que a disforia de gênero é relativamente rara em crianças e que muitos que a manifestam antes da puberdade não continuam a fazê-lo durante e após as mudanças puberais. A exposição a esses temas em programas infantis pode ser considerada precoce e confusa.
De acordo com uma pesquisa do Pew Research Center de 2025, 66% dos americanos são favoráveis a políticas que exigem que atletas trans compitam em equipes que correspondam ao sexo atribuído no nascimento. A colunista defende que é importante incentivar as crianças a pensarem criticamente e buscarem a verdade objetiva, sendo responsabilidade dos pais garantir que o entretenimento consumido pelos filhos seja adequado para sua idade. Nicole Russell conclui que a Netflix deve ser mais criteriosa com os programas que comercializa para crianças, sob o risco de enfrentar campanhas de boicote lideradas por figuras influentes.