Nesta terça-feira (7), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o governo federal está realizando um levantamento detalhado sobre a possibilidade de implementar a tarifa zero no transporte público urbano. O estudo, solicitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visa avaliar o financiamento do setor e alternativas para reduzir ou eliminar a cobrança aos usuários. A análise inclui o custo total do transporte, subsídios e contribuições dos trabalhadores, em um contexto de preocupações sobre o aumento de gastos públicos.
Ministro da Fazenda confirma estudo para viabilizar tarifa zero no transporte público em entrevista nesta terça-feira.
Nesta terça-feira (7), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o governo federal está realizando um levantamento detalhado sobre a possibilidade de implementar a tarifa zero no transporte público urbano. O estudo, solicitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visa avaliar o financiamento do setor e alternativas para reduzir ou eliminar a cobrança aos usuários.
Objetivos do estudo
Segundo Haddad, o objetivo é reunir dados para entender como o setor é financiado. Entre os pontos analisados estão o custo total do transporte público, o volume de subsídios públicos, a contribuição das empresas através do vale-transporte e o valor pago diretamente pelos trabalhadores. Também serão avaliados gargalos e oportunidades tecnológicas.
Impacto no mercado
A possibilidade de implementação da tarifa zero tem gerado preocupações no mercado, especialmente após declarações do deputado Jilmar Tatto (PT), que indicou que o estudo foi solicitado à Fazenda. Desde então, o Ibovespa apresentou baixa e os juros DI subiram, refletindo temores sobre um aumento de gastos em um governo já sob pressão financeira, com despesas estimadas em R$ 100 bilhões por ano.
Contexto político
A discussão sobre a tarifa zero surge em um momento de aproximação das eleições de 2026, sendo um tema impulsionado por apoiadores do governo e pelo PT. Recentemente, a Câmara Municipal de Belo Horizonte rejeitou um projeto que previa gratuidade total nas linhas de ônibus da cidade em quatro anos, o que também intensifica o debate sobre a viabilidade de propostas similares em nível federal.
O governo federal ainda não estabeleceu prazos para a conclusão do estudo nem indicou os próximos passos a serem tomados com base nos dados coletados.
