Discussão abordou a saúde e a conscientização sobre o climatério
Audiência na Assembleia Legislativa do Paraná discutiu os desafios enfrentados pelas mulheres no climatério, destacando a importância da conscientização sobre o tema.
Desafios no climatério
Na manhã desta quarta-feira (7), a Assembleia Legislativa do Paraná promoveu uma audiência pública para discutir os desafios enfrentados pelas mulheres durante o climatério, fase de transição entre a vida reprodutiva e não reprodutiva. A deputada Mabel Canto (PP) destacou a importância de combater tabus e promover a conscientização sobre o tema. A nova Lei nº 22.478, sancionada em junho, estabelece a saúde no climatério como prioridade no estado, promovendo campanhas e assistência às mulheres.
Números e indicadores do caso
Conforme explicou a médica ginecologista Bruna Toppel, a menopausa ocorre, em média, entre os 48 e 50 anos no Brasil. Mais de 200 sintomas estão atrelados ao climatério, como calorões, sudorese noturna e distúrbios de sono. Uma pesquisa revelou que 80% das mulheres sentem ondas de calor, mas 51% não recebem tratamento. Além disso, apenas 28% das pessoas consideram a menopausa algo positivo.
Importância da conscientização
A médica Alexandra Ongaratto apontou que as mulheres muitas vezes não buscam ajuda devido ao constrangimento em discutir os sintomas. As parlamentares compartilharam experiências pessoais, ressaltando a negligência do Poder Público com a saúde das mulheres após o período reprodutivo. A deputada Cristina Silvestri destacou que a saúde pública deve incluir a fase do climatério como parte da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres (PNAISM).
Iniciativas do Executivo
Representantes do governo do Estado apresentaram políticas públicas em curso para atender as mulheres no climatério. O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou cerca de 100 mil atendimentos entre 2022 e 2024. A Carreta Saúde da Mulher, iniciativa que realizará exames gratuitos em 48 municípios, foi anunciada para fortalecer o atendimento. Mariana Neris, da Secretaria de Estado da Mulher, destacou a importância de programas estaduais para potencializar ações nos municípios.
