Presidente colombiano destaca papel de mediadores no cessar-fogo
Gustavo Petro afirma que cessar-fogo entre Israel e Hamas só foi possível com pressão sobre Trump e Netanyahu.
09/10/2025 — O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que o cessar-fogo entre Israel e o Hamas só foi possível após pressão internacional sobre os Estados Unidos e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Segundo ele, o presidente norte-americano, Donald Trump, “tinha a chave do conflito”.
Petro celebrou o acordo de trégua e ressaltou a importância de países como Catar e Egito na mediação. O líder colombiano declarou: “Celebramos junto com o povo palestino um novo cessar-fogo. Estamos cientes dos fracassos das tréguas anteriores e esperamos que desta vez avancemos em direção à autodeterminação da Palestina”.
Papel dos mediadores
O presidente destacou que a pressão internacional foi essencial para o rompimento entre Trump e Netanyahu. “Somente pressionando com humanidade, somente com mediadores experientes como Catar e Egito, e a posição firme da África do Sul, Colômbia e dezenas de outros países, foi possível separar Trump de Netanyahu”, enfatizou. Petro concluiu que, se a autodeterminação da Palestina for respeitada, a Colômbia apoiará um exército internacional para ajudar na reconstrução do território.
Fim da guerra
A declaração de Petro ocorreu horas após Trump anunciar oficialmente o fim da guerra entre Israel e o Hamas, dois anos após o início do conflito. O acordo, mediado por Catar, Egito e EUA, prevê a libertação de reféns israelenses em troca de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos e a retirada gradual das tropas israelenses da Faixa de Gaza.
Trump afirmou: “Ontem à noite, alcançamos um avanço significativo no Oriente Médio. Acabamos com a guerra em Gaza e garantimos a libertação de todos os reféns restantes”. O Hamas também confirmou o cessar-fogo permanente, destacando as garantias recebidas dos mediadores.
Relação entre Petro e Trump
Gustavo Petro, que assumiu a presidência da Colômbia em 2022, tem tido uma relação conturbada com Trump. Recentemente, o presidente colombiano criticou o americano por sua posição em relação ao conflito, afirmando que ele “merece prisão” por ser cúmplice de genocídio em Gaza. A tensão aumentou ainda mais após o Departamento de Estado dos EUA revogar o visto de Petro, acusando-o de incitar a desobediência entre soldados americanos durante manifestações.