A XP Asset, sob a liderança de Bruno Marques, mantém uma visão otimista sobre o crescimento econômico global, especialmente nos Estados Unidos. Contudo, a gestora alerta para riscos inflacionários e incertezas fiscais no Brasil, o que levou à redução de posições em câmbio e bolsa. A gestora acredita que o Federal Reserve será mais flexível, mas vê pouca margem para cortes de juros no Brasil até 2026, devido à persistência da inflação e pressões políticas. Com um cenário de médio prazo construtivo, a XP opera com risco reduzido em seus fundos multimercados.
A XP Asset zera posições vendidas em dólar e compradas em euro, refletindo uma visão otimista do crescimento global.
XP Asset reduz posições em dólar e euro
A XP Asset zera suas posições vendidas em dólar e compradas em euro, refletindo uma visão otimista sobre o crescimento econômico global, especialmente nos Estados Unidos. Bruno Marques, gestor da XP, destaca que a recuperação das bolsas internacionais e a queda das taxas de longo prazo têm proporcionado condições financeiras mais favoráveis, contribuindo para um ciclo de expansão. Entretanto, ele alerta que a inflação de serviços continua sendo um fator de risco que pode limitar a velocidade dos cortes de juros no exterior.
Cenário econômico
Marques observa que, apesar da desaceleração da economia brasileira, não há justificativa para um alívio imediato na Selic. A política monetária começa a mostrar efeitos, mas as incertezas fiscais e políticas permanecem como os principais pontos de atenção. Ele menciona a divisão política no Brasil e a crescente popularidade do governo atual como fatores que complicam a formação de preços no mercado.
Mudanças nas posições de investimento
Recentemente, a XP Asset reduziu significativamente suas posições em câmbio. O gestor acredita que o movimento de desvalorização do dólar atingiu seu limite, uma vez que outras moedas não apresentam fundamentos sólidos. Além disso, a XP diminuiu suas posições na bolsa e em juros, considerando os níveis de preço atuais como razoáveis e o cenário local como conturbado. A gestora ainda mantém uma posição pequena em juros reais, apostando na possibilidade de cortes na Selic mais adiante.
Perspectivas futuras
Embora o cenário de curto prazo deva ser volátil, a XP Asset mantém uma perspectiva construtiva para o médio e longo prazo. Os fundos multimercados da gestora operam com risco reduzido, com uma posição modesta em juros nos Estados Unidos e juros reais no Brasil. Marques finaliza afirmando que, mesmo que o Banco Central queira reduzir os juros em dezembro, um discurso mais duro deve ser mantido devido ao cenário fiscal desafiador no curto prazo.