Desafios ainda persistem na implementação de ações efetivas

O índice de preocupação com saúde mental no Brasil subiu de 5,06 em 2024 para 8,19 em 2025, mas ainda há desafios a serem enfrentados.

O Anuário Saúde Mental nas Empresas 2025 revelou que o índice geral de preocupação com o bem-estar dos trabalhadores no Brasil subiu de 5,06 em 2024 para 8,19 em 2025, um aumento de 62%, conforme divulgado nesta sexta-feira (10). Esse indicador, embora positivo, ainda se encontra distante da pontuação máxima de 16, evidenciando que as empresas precisam avançar em suas ações.

Desafios na implementação de ações efetivas

Apesar do crescimento no índice, o estudo destaca a incoerência entre as iniciativas declaradas pelas empresas em seus Relatos Integrados e a experiência real dos trabalhadores. Carlos Assis, editor do anuário, enfatiza que é necessário que as lideranças encarem a saúde mental como um investimento, não um custo. Pressões regulatórias têm incentivado as empresas a adotar políticas mais consistentes na promoção da saúde mental, especialmente após a divulgação de dados de afastamentos por transtornos psíquicos.

Setores em destaque

Entre as empresas que se destacaram na preocupação com o bem-estar dos trabalhadores estão Itaú, Lojas Renner, Banco do Brasil, RD Saúde e Dasa. Setores como financeiro e comércio mostraram avanços significativos, enquanto o agronegócio teve o pior desempenho, com um índice geral de apenas 4,02. O aumento no índice é visto como uma resposta às pressões por ações mais efetivas em um contexto onde os riscos de omissão são cada vez mais evidentes.

Considerações finais

A pesquisa aponta que o avanço na saúde mental nas empresas não deve ser interpretado apenas como uma maior conscientização, mas como uma necessidade urgente de ação diante das demandas dos colaboradores. As empresas que investirem de verdade em saúde mental não só melhoram o ambiente de trabalho, mas também podem ter um impacto positivo em sua produtividade e resultados.