Mauro Vieira busca reaproximação com EUA antes de encontro entre Lula e Trump

Ministro das Relações Exteriores viaja a Washington para reunião importante

O ministro Mauro Vieira viajou aos EUA nesta segunda-feira (13) para discutir a relação entre Brasil e EUA antes do encontro entre Lula e Trump.

Nesta segunda-feira (13), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajou aos Estados Unidos para se reunir com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Washington. A visita marca uma nova tentativa de destravar o impasse diplomático e comercial entre Brasil e EUA, em meio à crise provocada pelo tarifaço e pelas sanções impostas a autoridades brasileiras.

Visita estratégica

Vieira acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma viagem recente a Roma e ao Vaticano, onde se encontrou com o papa Leão XIV, antes de seguir diretamente para Washington. O encontro com Rubio deve ocorrer até o fim da semana e funcionará como uma prévia do futuro encontro entre Lula e Donald Trump, previsto para acontecer na Malásia, entre os dias 26 e 27 de outubro, durante a cúpula da Asean.

Temas prioritários

De acordo com o Itamaraty, a reunião abordará temas prioritários da relação bilateral, com foco na reversão da sobretaxa de 40% sobre exportações brasileiras e na suspensão das punições aplicadas sob a Lei Magnitsky. Também estão na pauta a cooperação na exploração de minerais críticos, como as terras raras, e a regulação das big techs no Brasil.

A importância do diálogo

O diálogo entre os dois chanceleres ocorre em um contexto de tentativas de reaproximação após semanas de tensão. Vieira viajou acompanhado de assessores próximos, e parte da equipe já está em Washington para auxiliar nas negociações. O convite partiu do próprio Rubio, que alinhou a agenda do encontro em uma ligação na última quinta-feira (9).
Nos bastidores, diplomatas brasileiros afirmam que Vieira busca criar condições políticas e simbólicas favoráveis para o esperado reencontro entre Lula e Trump, que já teve um breve contato durante a Assembleia Geral da ONU em setembro.

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